A Polícia do Equador informou neste domingo que intensificará as investigações sobre o ataque a tiros que atingiu o veículo do jornalista e candidato presidencial Jimmy Jairala em uma área residencial da cidade portuária de Guayaquil, quando estava ocupado por seu filho, vários amigos e um motorista.
O comandante interino da Polícia,
Fausto Buenaño, assegurou que apenas o motorista do veículo ficou ferido, sendo
levado a um hospital para atendimento, mas esclareceu que “está fora de
perigo”.
Buenaño, em um vídeo divulgado
nas redes sociais ao lado da ministra do Interior, Mónica Palencia, informou
que o veículo recebeu seis impactos de bala ao tentar entrar em um condomínio
em Guayaquil. Ele acrescentou que a Polícia tomou imediatamente as devidas
providências e que as investigações continuarão, enquanto a ministra Palencia
expressou o apoio do governo a Jairala e sua família.
Ela afirmou que as investigações
da Polícia manterão “rigor e profissionalismo” e que serão conduzidas “sem
nenhum viés”, uma vez que Jairala tem sido crítico ao governo do atual
presidente, Daniel Noboa. “Nós lutamos contra a narcopolítica, contra atos
criminosos, contra o terrorismo e contra toda atividade delitiva”, destacou
Palencia.
Por sua vez, Jimmy Jairala,
candidato pelo movimento social-democrata Centro Democrático, comentou em suas
redes sociais que o ataque ocorreu na madrugada de domingo, quando seu filho, a
namorada dele e vários amigos voltavam de um show em um centro de convenções da
cidade.
Jairala, de 67 anos, informou que
o motorista do veículo, identificado como Cipriano Quiñónez, que também fazia
segurança para a família, ficou ferido, já que as balas, entre nove ou dez,
foram disparadas em direção à porta e à janela do motorista.
O candidato ressaltou que uma
ambulância e a equipe da Polícia chegaram imediatamente ao local do ataque e
que os ocupantes do veículo foram levados a um hospital. Ele afirmou que apenas
o motorista ficou ferido, que os demais ocupantes “estão ilesos” e que
apresentou uma denúncia formal sobre o incidente, esperando que a Polícia
“realize as investigações necessárias”.
Jairala, um renomado jornalista
guayaquileño, expressou sua indignação pelo ataque em meio à crise de violência
que o país enfrenta há vários anos: “Agora a insegurança vivemos na pele”,
acrescentou.
O incidente trouxe à memória a
trágica morte do ex-candidato presidencial Fernando Villavicencio, que foi
assassinado a tiros em 9 de agosto de 2023, ao sair de um comício eleitoral em
uma área do norte de Quito, a 11 dias da primeira volta das eleições gerais
antecipadas e extraordinárias do ano passado.
Essas eleições foram vencidas por
Noboa, que completou o mandato (2021-2025) de seu antecessor, Guillermo Lasso,
que invocou a figura constitucional de “morte cruzada”, que dissolveu o
Parlamento e encurtou seu mandato, uma decisão que lhe permitiu evitar um
processo de censura na Assembleia Legislativa.
Noboa também se inscreveu para
tentar ser reeleito para um período regular de quatro anos nas próximas
eleições presidenciais de fevereiro, nas quais 16 candidatos se apresentaram.
Além de Jairala e Noboa,
candidataram-se os presidenciais Luisa González, do movimento progressista
Revolução Ciudadana, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017); e
Francesco Tabacchi, de Creando Oportunidades, de Lasso.
Também se inscreveram Pedro
Granja, do Partido Socialista, Jorge Escala, de Unidade Popular (esquerda),
Andrea González, do Partido Sociedade Patriótica (populista) e Jan Topic, de
Sociedade Unida Mais Ação (centro-direita).
Henry Kronfle, do Partido Social
Cristão (direita), Felipe Tillería, de Avanza (centro), e o líder indígena
Leonidas Iza (esquerda).
Além disso, Iván Saquicela, de
Democracia Sim (centro), Henry Cucalón, de Construindo (centro-direita), Juan
Cueva, do movimento Amigo (populista), Carlos Rabascal, de Esquerda Democrática
(social-democrata) e Victor Arauz, de Povo, Igualdade, Democracia
(independente).
(Com informações da EFE)
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