Israel detectou nesta terça-feira a chegada de mais de uma centena de projéteis contra o norte do país, principalmente na cidade de Haifa e áreas adjacentes da Galileia, disparados pelo Hezbollah a partir do Líbano, após um ano de enfrentamento aberto.
A maioria dos projéteis foi
interceptada, e apenas alguns caíram em áreas abertas, segundo informou o
Exército. Os foguetes chegaram em dois ataques consecutivos: o primeiro com 85
projéteis e o segundo com 20.
Os disparos ativaram os alarmes
antiaéreos na cidade do norte, assim como nas regiões da Alta Galileia e
Galileia Central.
O serviço de emergência
israelense, Magen David Adom, informou que uma mulher de 71 anos sofreu um
ferimento leve causado por estilhaços no braço. “Nós a atendemos no local e a
evacuamos para o hospital”, disse um porta-voz da equipe de emergência.
Uma hora antes, outros 25
foguetes haviam sido disparados do país vizinho contra a região da Baixa
Galileia e a cidade de Tiberíades.
Em resposta, o Exército atacou as
plataformas de lançamento do Hezbollah de onde os projéteis foram disparados,
segundo um comunicado divulgado pouco depois.
Por volta das 15h, horário local
(12h GMT), as forças armadas informaram que, ao longo do dia, cerca de 135
projéteis foram disparados em direção ao território israelense.
Em relação às suas operações no
sul do país vizinho, Israel também afirmou ter destruído lançadores de foguetes
em uma escola na área de Tayr Haifa, no sudoeste do Líbano, a cerca de três
quilômetros da fronteira.
“Ontem, soldados do Exército identificaram
terroristas do Hezbollah entrando em um prédio escolar”, informaram hoje as
forças armadas.
Além disso, a Força Aérea
bombardeou durante a noite um depósito de armas do grupo pró-iraniano em
Beirute.
Há exatamente um ano, o Hezbollah
abriu fogo contra o norte de Israel em um gesto de solidariedade com “o povo
palestino” após o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que já dura
doze meses e deixou cerca de 42.000 mortos.
Nesta terça-feira, o Exército
anunciou que uma quarta divisão já está operando no sul do Líbano, mais
especificamente no sudoeste, juntando-se a outras três divisões convocadas após
a invasão terrestre há oito dias.
Desde o início da intensa
campanha de bombardeios israelenses no Líbano, há cerca de duas semanas, mais
de 1,2 milhão de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas.
Além disso, desde o ano passado,
mais de 2.080 pessoas morreram e cerca de 9.800 ficaram feridas, segundo o
Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde, sendo a maioria nas
últimas semanas.
Gazeta Brasil
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