Segundo investigação, Alejandro
Toledo teria recebido propina em troca contratos com o seu governo
O ex-presidente do Peru Alejandro
Toledo, de 78 anos, foi condenado, nesta segunda-feira (21), a 20 anos
e seis meses de prisão pelo crime de conluio e lavagem de dinheiro. Segundo as
investigações, ele teria recebido propinas da construtora brasileira Odebrecht em
troca de contratos com o seu governo. Toledo governou o Peru entre 2001 e 2006.
Segundo os juízes, Toledo teria
se beneficiado das propinas da construtora para vencer a licitação da rodovia
Interoceânica. A rodovia liga o Brasil ao Peru e foi concluída em 2013 com uma
extensão de 2.600 quilômetros. O ex-presidente foi acusado de receber pelo
menos 35 milhões de dólares em subornos. Ele nega as acusações.
Toledo foi extraditado dos
Estados Unidos em 2023 e está detido em Lima desde então. Durante o processo,
segundo a mídia local, o ex-político pediu que a Justiça considerasse sua
saúde. Ele tem câncer e aos problemas cardíacos.
O colegiado também estabeleceu
uma multa de 1.375 milhões de soles, o que corresponde a mais 463 milhões de
dólares, como reparação civil.
A Odebrecht assumiu, em 2016, o
pagamento de propinas no âmbito do escândalo Lava Jato. Segundo a decisão,
ficou demonstrado um conjunto de irregularidades, interferências e aceleração
do processo licitatório da obra.
A corte considerou em sua decisão
as declarações do ex-superintendente da Odebrecht no Peru Jorge Barata, bem
como empresário Josef Maiman, que já morreu, validadas com documentos como
transferências e operações de dinheiro, perícias, entre outros.
Thays Martins, do R7, em
Brasília
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