Deputado federal afirma que
mantinha boa relação com a vereadora e sugeriu que Ronnie Lessa, que confessou
assassinato, ‘está protegendo alguém’
O deputado federal Chiquinho Brazão,
acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco,
prestou depoimento por videoconferência nesta segunda-feira (21) ao STF
(Supremo Tribunal Federal). Durante o testemunho, Brazão se emocionou duas
vezes, primeiro ao falar sobre sua família e, em seguida, ao mencionar passeios
com seus netos. Ele também afirmou que mantinha uma boa relação com Marielle,
descrevendo-a como “amável” e “respeitosa”. Ele negou conhecer Ronnie Lessa, o
assassino confesso de Marielle, e afirmou ter se encontrado poucas vezes com
Edmilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, apontado pela Polícia
Federal como o intermediário entre os mandantes e os executores do crime.
Macalé foi assassinado em 2021, antes de ser julgado.
“Fizeram uma maldade muito grande
com ela. Marielle sempre foi minha amiga. Era uma vereadora muito amável e com
quem a gente tinha uma boa relação”, declarou o deputado durante a
videoconferência. “Jamais esperava acontecer o que está acontecendo e estar
aqui porque eu não tenho nada a ver com isso.” Chiquinho também sugeriu que
Ronnie Lessa “está protegendo alguém”.
de interrogatórios com os cinco réus acusados
de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, motorista
da vereadora, em março de 2018. As sessões, todas conduzidas por
videoconferência devido à detenção dos acusados em presídios de segurança
máxima, continuarão até sexta-feira (25). Após essa fase, defesa e acusação
terão cinco dias para decidir se solicitarão novas diligências antes das
alegações finais.
O processo também envolve outros
réus, como Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio
de Janeiro (TCE-RJ) e irmão de Chiquinho, acusado de ser o mandante do crime.
Também são réus o delegado Rivaldo Barbosa, o major Ronald Paulo Pereira e o
policial militar Robson Calixto Fonseca, o Peixe. O caso Marielle Franco trouxe
à tona discussões sobre a atuação de milícias e grupos de extermínio no Rio de
Janeiro, além de supostas falhas na investigação por parte da Polícia Civil. Os
interrogatórios realizados no STF buscam esclarecer o papel de cada réu no
crime e as motivações por trás do assassinato.
Por da Redação
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio
de IA
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