Autoridades locais desmentiram
alegações de que haitianos estão consumindo animais de estimação; Joe Biden
repudiou as falas do republicano, mas Kamala Harris não comentou
Em campanha para as eleições
presidenciais dos Estados Unidos, Donald Trump intensificou
seus ataques aos imigrantes e à candidata democrata Kamala Harris nesta
sexta-feira (13). Durante uma coletiva de imprensa em Los Angeles, o
ex-presidente afirmou que os Estados Unidos estão
se transformando em um “campo de refugiados”, acusando Harris de facilitar a
entrada de “assassinos e terroristas” no país, sem apresentar provas. Trump
reiterou suas promessas de endurecer a política migratória, prometendo realizar
“a maior deportação em massa da história” caso seja eleito em novembro. Em
particular, mencionou a cidade de Springfield, Ohio, como alvo de ações
iniciais, apoiando-se em boatos não confirmados de que imigrantes haitianos
estariam comendo animais de estimação. Segundo ele, a deportação começará por
lá. As autoridades locais desmentiram essas alegações, classificando-as como
infundadas.
O boato ganhou força nas redes
sociais após uma montagem feita por inteligência artificial ser divulgada no
perfil de Trump, mostrando o ex-presidente cercado por gatos e gansos. A
imagem, publicada pouco antes do debate presidencial de 10 de setembro,
insinuava que imigrantes estariam cometendo atos cruéis contra animais. Horas
antes, o candidato republicano a vice-presidente, JD Vance, havia mencionado
que recebeu denúncias sobre imigrantes haitianos em Springfield supostamente
sequestrando e comendo animais de estimação.
Em resposta indireta às falas de
Trump, o cantor John Legend, natural de Springfield, usou as redes sociais para
afirmar que “ninguém está comendo gatos e cachorros” na cidade. O presidente
Joe Biden também condenou os ataques aos imigrantes haitianos. Kamala Harris,
que concorre à presidência após a desistência de Biden, está em campanha na
Pensilvânia, um dos estados-chave para a eleição. A vice-presidente tem adotado
uma postura centrada na defesa da classe média e dos direitos reprodutivos,
enquanto evita responder diretamente aos ataques de Trump. Ela conduziu sua
campanha de forma metódica e se posiciona como uma alternativa à retórica
agressiva do ex-presidente. Enquanto a disputa eleitoral se acirra, ambos os
candidatos estão empatados nas pesquisas. A eleição promete ser decidida por
uma pequena margem de votos em estados estratégicos, assim como ocorreu em 2016
e 2020.
Por da Redação
Publicado por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio
de IA
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