Lula admite escalada autoritária na Venezuela após pedido de prisão a opositor de Maduro | Rio das Ostras Jornal

Lula admite escalada autoritária na Venezuela após pedido de prisão a opositor de Maduro

Há três dias, Lula endureceu
as críticas a Maduro e disseque ele deveria arcar com as consequências dos
seus atos. CARLOS ELIAS JUNIOR/FOTOARENA





Desde a eleição de 28 de julho, o
Brasil, a Colômbia e o México tentam intermediar, sem sucesso, um diálogo entre
a oposição e o chavismo venezuelano



O governo Lula expressou, com
muita preocupação, uma visão pessimista acerca da ordem de prisão emitida nesta
segunda-feira (2) pela Justiça da Venezuela contra o diplomata Edmundo González
Urrutia, candidato que disputou o cargo de presidente do país contra
Nicolás Maduro nas eleições de julho. Em conversas reservadas, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer que o país vizinho está se
distanciando cada vez mais da comunidade internacional. Na avaliação do Itamaraty, Caracas tem
sinalizado que não deseja negociar. Lula ainda não chama Maduro de ditador,
mas, de acordo com interlocutores, já percebeu que ele se enreda cada vez
mais numa escalada autoritária. O ministro das Relações Exteriores, Mauro
Vieira, deve conversar com Lula nesta terça-feira, 3, sobre a ampliação da
crise na Venezuela.



Há três dias, Lula endureceu
as críticas a Maduro e disse que ele deveria arcar com as consequências dos
seus atos. Afirmou, ainda, que não reconheceria sua vitória, nem a de González,
enquanto os boletins de urnas não viessem a público. No último dia 22, o
Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela declarou Maduro vencedor e proibiu a
divulgação das atas de votação. “Estamos exigindo a prova (de quem venceu
as eleições). Ele (Maduro) tem o direito de não gostar. Eu falei que é
importante convocar novas eleições”, disse o presidente, na sexta-feira (30).
“Maduro que arque com as consequências dos atos dele e eu arco com as
consequências dos meus. Eu tenho consciência política de que tentei ajudar
muito”, completou ele. Nos bastidores, há divergências no governo em relação ao
tom a ser adotado com Maduro.



Enquanto auxiliares de Lula
no Palácio do
Planalto defendem uma posição que mantenha “pontes” abertas para o
diálogo com Caracas a
qualquer momento, o Itamaraty vê pouco espaço para novas concessões diante do
fortalecimento da ditadura na Venezuela. Desde a eleição de 28 de julho, o
Brasil, a Colômbia e o México tentam intermediar, sem sucesso, um diálogo entre
a oposição e o chavismo. A posição dos três governos de esquerda da região é
diferente da de outros países de esquerda como o Chile, mais assertivo nas
críticas a Maduro, e de outros de centro e de direita, como Argentina, Uruguai, Peru, que romperam com Maduro
após as denúncias de fraude e reconheceram a vitória de González na eleição.
Nas últimas semanas, Lula chegou a defender a realização de uma nova eleição no
país vizinho, o que desagradou tanto os chavistas quanto a oposição, e se
manifestou pela espera da divulgação das atas eleitorais por parte da Justiça
eleitoral chavista, o que não ocorreu.



Por Jovem Pan



*Com informações do Estadão


http://dlvr.it/TCprSb
Postar no Google +

About Redação

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!