Cinco presidiários condenados à morte em diferentes estados dos Estados Unidos estão com execuções marcadas para a mesma semana, um fenômeno incomum que contrasta com a tendência de queda no uso e apoio à pena de morte no país.
Se as execuções, que estão
agendadas para Alabama, Missouri, Oklahoma, Carolina do Sul e Texas, forem
realizadas conforme o previsto, será a primeira vez em mais de 20 anos que
cinco delas ocorrem em um intervalo de sete dias.
A última vez que isso aconteceu
foi em julho de 2003, conforme informações do Death Penalty Information Center.
A primeira execução da semana
ocorreu na sexta-feira (20), quando Freddie Owens foi executado na Carolina do
Sul, por ter assassinado um balconista durante um assalto em 1997. Este foi o
primeiro caso de execução no estado em 13 anos, um atraso provocado pela
dificuldade das autoridades penitenciárias em obter as drogas necessárias para
a injeção letal. Para contornar essa situação, o estado adotou um novo
protocolo de execução utilizando um único sedativo, o pentobarbital.
Na quinta-feira (26), o Alabama
planeja realizar uma execução por gás nitrogênio, marcando o primeiro uso desse
método desde que foi adotado em janeiro. Alan Miller, condenado pela morte de
três homens em 1999, será executado utilizando uma máscara que o forçará a
inalar nitrogênio puro. Miller já havia recebido um adiamento em 2022, quando
sua execução foi cancelada devido a falhas na conexão de uma linha intravenosa.
No Texas, está prevista para
terça-feira (24) a execução de Travis Mullis, um homem com um histórico de
problemas mentais que tentou renunciar ao direito de apelar da sua sentença de
morte. Ele foi condenado por matar seu filho de 3 meses em 2008, e seus
advogados não planejam entrar com recursos para tentar suspender a injeção
letal.
Ainda na terça, no Missouri,
Marcellus Williams deve ser executado pela morte a facadas de uma mulher em
1998. A Suprema Corte do estado rejeitou os argumentos da defesa, que pedia a
suspensão da execução devido a supostos erros na seleção do júri e ao manuseio
inadequado da arma do crime pela promotoria. O governador Mike Parson também
negou o pedido de clemência de Williams.
Em Oklahoma, Emmanuel Littlejohn
está programado para receber uma injeção letal na quinta-feira, após ter sido
condenado pela morte de um proprietário de loja durante um assalto em 1992.
Embora tenha admitido seu envolvimento no crime, ele alega que não disparou o
tiro fatal. O Pardon and Parole Board do estado recomendou ao governador Kevin
Stitt que poupasse sua vida, mas até o momento, o governador não se pronunciou
sobre o pedido de clemência.
Gazeta Brasil
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