Brasil e Colômbia dizem que ordem de prisão contra Edmundo González dificulta solução pacífica na Venezuela | Rio das Ostras Jornal

Brasil e Colômbia dizem que ordem de prisão contra Edmundo González dificulta solução pacífica na Venezuela

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, saúda seu homólogo
 do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma declaração 
conjunta. EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda

Governos dos dois países estão preocupados com a situação e disse que a decisão afeta os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados

O governo brasileiro manifestou na noite desta terça-feira (3) profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça da Venezuela contra o opositor de Nicolás MaduroEdmundo González Urrutia. “Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência”, diz a nota do Itamaraty, acrescentando que a decisão “dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas”. Na segunda-feira (2), o tribunal da Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra Urrutia, que reivindica sua vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Maduro foi declarado vencedor em meio a denúncias de fraude.

“O tribunal de primeira instância em funções de controle a nível nacional concorda com a ordem de apreensão contra Edmundo González Urrutia por graves crimes”, escreveu o Ministério Público em sua conta no Instagram, minutos depois de anunciar que solicitava a prisão. O MP solicitou a um tribunal com jurisdição sobre terrorismo o mandado de prisão contra González Urrutia por supostos crimes relacionados às eleições, que incluem “desobediência das leis”, “conspiração”, “usurpação de funções” e “sabotagem”. González Urrutia, 75 anos, foi convocado a depor no MP em três ocasiões. Não compareceu a nenhuma delas, embora a terceira tenha coincidido com um apagão em todo o país na última sexta-feira, 30 de agosto.

Nesta terça, González Urrutia disse descartou, por enquanto, pedir asilo em alguma embaixada na Venezuela. “Temos pouco conhecimento sobre esse processo judicial”, explicou nesta terça-feira seu advogado, José Vicente Haro, do lado de fora da residência de González em Caracas. O mandado, que está a cargo da polícia judiciária, ainda não foi executado. Maduro chamou o opositor de covarde por estar “enconchado”, gíria popular para quem se esconde das autoridades, e afirmou que ele está preparando a fuga. Haro indicou que o diplomata, por enquanto, não procurou refúgio em alguma representação diplomática. “Não pediu asilo. É uma questão que a família ou o senhor Edmundo González Urrutia não levantaram”, declarou.

Por Sarah Américo

Postar no Google +

About Redação

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!