Há duas semanas, o Senado Federal
iria votar um projeto que sustaria o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que dificultou o acesso a armas no Brasil
Deputados da Comissão de
Segurança Pública da Câmara
dos Deputados dizem que a paciência com o ministro da Justiça, Ricardo
Lewandowski, acabou. Eles ameaçam votar a convocação dele para prestar
esclarecimentos no colegiado. Parlamentares da bancada da bala estão
especialmente frustrados com o atraso por parte do governo em estabelecer a
nova regra sobre a aquisição de armas de fogo. Há duas semanas, o Senado Federal iria
votar um projeto que sustaria o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que
dificultou o acesso a armas no Brasil.
Um compromisso firmado com o governo tirou a proposição de pauta, sob a
condição de que se publicasse um novo decreto corrigindo o texto, o que deveria
acontecer na semana passada.
Em uma reunião do ministro com
deputados da Comissão de Segurança Pública da Câmara em abril deste ano,
Lewandowski já tinha dito que o decreto, fortemente criticado pela bancada da
bala, precisaria passar por ajustes. Até agora, porém esse decreto não foi
publicado. “A omissão do Executivo, por meio do Ministério da Justiça e
Segurança Pública, tem gerado uma grave insegurança jurídica”, justificou
Marcos Pollon (PL-MS), um dos principais deputados da bancada da bala, autor de
um pedido de convocação. Dois oito requerimentos de convocação a Lewandowski
que estão na pauta da comissão, seis são de autoria de Pollon. Um é assinado
por Gilvan da Federal (PL-ES) e outro é de Sanderson (PL-RS), que presidiu a
comissão no ano passado.
Sanderson disse que não abrirá
mão e não transformará o seu requerimento em convite, algo que já aconteceu
algumas vezes desde que Lewandowski assumiu a pauta, no começo deste ano. Uma
convocação obriga o ministro a comparecer a audiência na comissão, sob pena de
crime de responsabilidade. “Ele não fez por merecer esse crédito. Vamos fazer
um trabalho muito duro sobre o ministério da Justiça, que fez a
comissão de segurança pública de bobos”, disse.
Por Jovem Pan
*Com informações do Estadão
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Publicado por Marcelo Bamonte
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