Fiscais de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado do Rio (Procon-RJ) apreenderam cerca de 30 toneladas de sabão em pó falsificado nessa quinta-feira (1º), no Centro de Abastecimento do Rio (Ceasa), em Irajá.
No dia anterior, também foram
recolhidas 20 toneladas de sabão em pó falsificado. Em dois dias, quase 50
toneladas do produto foram retiradas de circulação.
Os fiscais chegaram até o
principal centro de abastecimento do Rio após verificar uma denúncia de venda
do produto adulterado em um supermercado de Belford Roxo, na Baixada Fluminense
. O dono do comércio apresentou
uma nota fiscal e explicou que comprou o produto de um distribuidor do Ceasa.
No Ceasa, os fiscais localizaram
toneladas de sabão em pó na área de estoque da central de abastecimento. Em
outro distribuidor, o representante disse que já tinha separado o sabão em pó
para não ser comercializado.
O Procon já havia recebido
informação da indústria produtora de que o sabão em pó original estava sendo
falsificado. Há dois meses, o fabricante ofereceu treinamento aos fiscais do
Procon para que eles identificassem com mais facilidade produtos falsificados
vendidos no mercado.
Com a capacitação, a fiscalização
aprendeu a identificar características como ausência da marca d’água na caixa
do produto, que só pode ser verificada com luz negra, e a facilidade na
abertura das caixas de sabão em pó, pois estavam coladas de forma manual após a
falsificação. No produto verdadeiro, a aplicação é feita por pentes aplicadores
na linha de produção.
No dia anterior (31), fiscais da
Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor (Sedcon), em ação conjunta com
agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial,
apreenderam 20 toneladas de sabão em pó falsificado.
Somente no Supermercado Megabox,
de Olaria, na zona norte do Rio, foram retiradas de circulação 18 toneladas do
produto das gôndolas. Foram apreendidas também mais duas toneladas em pequenos
mercadinhos na Baixada Fluminense.
O presidente do Procon-RJ, Cássio
Coelho, afirmou que o consumidor muitas vezes não tem conhecimento da origem
falsa do produto, sendo atraído por preços mais baratos ou pela aparência
similar ao original. Ele destacou que o consumidor que adquire um produto
falsificado perde dinheiro, pois este não possui a mesma qualidade e
durabilidade do original.
Gazeta Brasil
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