Na manhã desta sexta-feira (12), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) publicou nas redes sociais uma nota em que nega as irregularidades apontadas em relatório da Polícia Federal (PF) durante sua gestão na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no Governo Bolsonaro.
Ontem (11), a PF deflagrou uma
nova fase da operação Última Milha, que apura a criação de uma “Abin paralela”
no Governo Bolsonaro para espionar autoridades e desafetos políticos e tentar
interferir em investigações contra aliados.
Ramagem, hoje deputado federal,
dirigia a Abin no período investigado. Ele não foi alvo da operação desta
quinta.
Ramagem nega na nota que o
sistema israelense FirstMile, contratado pela Apex, tenha sido usado para
monitoramentos ilegais. Ele também diz que os policiais “desprezam os fins de
uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas”.
O deputado federal ainda diz que
as autoridades citadas pela Polícia Federal no relatório não foram espionadas.
Ramagem diz também que não houve
uso dos sistemas para interferir em processos ligados ao senador Flávio
Bolsonaro, filho do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
CONFIRA A NOTA COMPLETA DE
RAMAGEM:
“Após as informações da última
operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas
para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas.
O tal do sistema first mile,
que outras 30 instituições também adquiriam, parece ter ficado de lado.
A aquisição foi regular, com
parecer da AGU, e nossa gestão foi a única a fazer os controles devidos,
exonerando servidores e encaminhando possível desvio de uso para corregedoria.
A PF quer, mas não há como vincular o uso da ferramenta pela direção-geral da
Abin.
Trazem lista de autoridades
judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas na verdade
não. Não se encontram em first mile ou interceptação alguma. Estão em conversas
de whatsapp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados,
mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade.
Não há interferência ou
influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda se
resolveu exclusivamente em instância judicial.
A PGR não foi favorável
às prisões da operação, mas a Justiça desconsiderou a manifestação.
Há menção de áudio que só
reforça defesa do devido processo, apuração administrativa, providência
prevista em lei para qualquer caso de desvio de conduta funcional.
Houve finalmente indicação de
que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de
toda e qualquer narrativa.
No Brasil, nunca será fácil
uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente
mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro”.
Gazeta Brasil
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