Filha do ex-presidente Alberto
Fujimori é acusada de lavagem de dinheiro, crime organizado, obstrução da
justiça e de fazer declarações falsas em um procedimento administrativo
O Ministério
Público do Peru solicitou uma pena de 30 anos e 10 meses
de prisão para
a ex-candidata presidencial Keiko
Fujimori, no julgamento por lavagem de dinheiro relacionado ao caso
Odebrecht. Keiko Fujimori é acusada de receber supostas contribuições ilegais
da construtora brasileira Odebrecht,
totalizando mais de US$ 1 milhão, para financiar suas campanhas
eleitorais de 2011 e 2016. Além da pena de prisão, o promotor
também pediu que o tribunal desqualifique Fujimori para ocupar cargos públicos
por 15 anos, o que a impediria de disputar as eleições
presidenciais do Peru em 2026. Keiko Fujimori é a líder do Força
Popular, principal partido de direita do país, pelo qual concorreu três vezes à
presidência. O Ministério Público acusa a filha do ex-presidente Alberto
Fujimori de lavagem de dinheiro, crime
organizado, obstrução da justiça e de fazer declarações falsas em um
procedimento administrativo. Embora contribuições de campanha de empresas
estrangeiras fossem permitidas na época, o Ministério Público a processou por não
ter declarado o dinheiro recebido da Odebrecht. O julgamento contra a líder e
mais de 40 pessoas, no qual foram convocadas cerca de 1.500 testemunhas, pode
levar mais de um ano. O escândalo de corrupção da Odebrecht no Peru também
envolveu quatro ex-presidentes do país entre 2001 e 2016, além de vários outros
políticos.
Por Jovem Pan
Publicado por Luisa Cardoso
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