Segundo e terceiro pilares seriam
a descarbonização de processos industriais e a inclusão de fontes energéticas
renováveis
O primeiro pilar do plano da
presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para
a estatal é a reposição de suas reservas de petróleo, reiterou nesta
terça-feira (18), seu assessor Olavo Bentes David. Depois dos esforços
exploratórios, disse Bentes, o segundo e terceiro pilares da nova gestão da
Petrobras são a descarbonização de processos industriais e a inclusão de fontes
energéticas renováveis. Ele falou durante o Energy Summit, evento de energia
que acontece essa semana no Rio de Janeiro. “A transição energética justa não
tem como ser concretizada sem a participação de derivados fósseis, sobretudo do
gás natural”, disse. “No futuro da Petrobras temos três perspectivas. A
primeira delas é a reposição das reservas petrolíferas, fundamental para a
segurança energética, principalmente após 2030, quando se dá o ápice da
produção nas grandes acumulações do pré-sal”, afirmou. A fala marca uma escala
de prioridades para a empresa, que está em linha com declarações de Magda
semanas atrás, em sua primeira entrevista coletiva, quando se mostrou centrada
na renovação de reservas via exploração da Margem Equatorial, no Nordeste e
Norte, e Bacia de Pelotas, no litoral do Rio Grande do Sul.
Há mais de um ano a Petrobras
teve negada uma licença ambiental e tenta reverter essa decisão para fazer um
primeiro poço exploratório no Amapá, na Bacia da Foz do Amazonas, que integra a
Margem Equatorial. E, a despeito das declarações de Magda e emissários, a greve
recém-iniciada no Ibama, tornam as chances de uma reversão dessa negativa ainda
mais baixas no curto prazo
No terceiro pilar, que trata da
inclusão de fontes descarbonizadas no portfólio, Bentes citou solar
fotovoltaica, eólica, hidrogênio – sobretudo branco (em estado natural na
natureza) e verde (produzido a partir de energia limpa) – e biorrefinados. O
assessor da presidência da Petrobras reiterou que 11% do capex total da empresa
até 2028 segue vinculado a projetos de baixo carbono, além da meta de carbono
neutro até 2050.
Por Jovem Pan
*Com informações do Estadão
Conteúdo
publicado por Tamyres Sbrile
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