A Justiça ainda determinou o
bloqueio de R$ 8 milhões em bens e valores.
Quatro homens foram
presos nesta quinta-feira (13) na Operação Shell Company,
deflagrada pela Polícia Civil do RJ e pelo Ministério Público do Rio de
Janeiro (MPRJ), contra um golpe bancário que movimentou meio
bilhão de reais entre 2020 e 2022.
Segundo as investigações da
Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais
(Draco-IE) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco/MPRJ), o grupo abriu diversas empresas de fachada para obter um
empréstimo de R$ 8 milhões com a ajuda de gerentes do Santander da
Avenida Koeler, em Petrópolis.
O próprio banco identificou a
fraude, abriu uma notícia-crime e ajudou a rastrear o dinheiro e a identificar
os golpistas.
Os presos
- Jefferson de Aguiar Leal, chefe do esquema;
- João Vitor Hibner de Figueredo, operador do
esquema;
- Leonardo de Oliveira Tonelli, ex-gerente de
banco;
- Osiris Alves de Luca Filho, ex-gerente de
banco.
O juiz Thales Nogueira Cavalcanti
Venancio Braga, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização
Criminosa, ainda determinou o bloqueio de R$ 8 milhões em
bens e valores.
Entre os endereços visados estão
a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e Itaipava, distrito de
Petrópolis, na Região Serrana fluminense. Lá, agentes apreenderam carros e
motos.
Como foi o golpe
Segundo a Draco e o Gaeco, a
quadrilha usou documentos falsos para abrir empresas de
fachada em nome de laranjas, que muitas vezes nem sabiam que tinham sido
incluídos no esquema.
Essas firmas não possuíam
atividades comerciais reais e nem sequer funcionavam nos endereços fornecidos.
A análise dos dados fiscais e bancários ainda revelou inconsistências
como a não emissão de notas fiscais.
Com as empresas “funcionando”,
gerentes do Santander cooptados pela quadrilha abriram contas no banco. Os
golpistas, então, passaram a fazer diversas transferências de altos
valores entre as companhias a fim de torná-las “sólidas” e
“lucrativas”.
Assim, o “score” das firmas
era elevado — artificialmente —, facilitando o caminho para obter empréstimos.
Mas, de acordo com a investigação, o crédito era concedido sem o
cumprimento de regras básicas de segurança e compliance bancário.
Dado o empréstimo, os R$
8 milhões foram pulverizados e transferidos rapidamente entre diversas
contas, dificultando o rastreamento. Os fundos obtidos foram usados para
adquirir bens e financiar negócios legítimos, como postos de gasolina, lojas
automotivas, academias de ginástica e restaurantes.
O g1 tenta contato com os investigados.
Por Adriana Cruz, Leslie
Leitão, Lucas Madureira, Henrique Coelho, TV Globo e g1 Rio
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!