Na Itália, onde participa da
Cúpula do G7, presidente declarou que o tema precisa ser tratado como questão
de saúde pública; proposta teve urgência aprovada pela Câmara dos Deputados
Durante entrevista a jornalistas
em Puglia, Itália, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva(PT) disse neste sábado (15) que é contra o aborto,
mas entende que a prática é uma realidade do Brasil e que precisa de atenção da
saúde pública. O petista está na Europa participando da reunião de cúpula do G7
e disse que é “insanidade” o PL do Aborto, que
equipara a interrupção proposital da gravidez após 22 semanas de gestação ao
crime de homicídio. “Acho uma insanidade alguém querer punir uma mulher com uma
pena maior do que a do criminoso que fez o estupro”, afirmou. “À distância, não
acompanhei os debates intensos no Brasil, mas, quando eu voltar, vou tomar
ciência disso. Tenho certeza de que o que tem na lei já garante que a gente
haja de forma civilizada para tratar com rigor o estuprador e com respeito a
vítima.”
Mesmo com seu posicionamento,
Lula não deixou claro quais os planos do governo para lidar com o projeto de
lei 1904. Quando questionado se a legislação atual do Brasil precisa de
alterações, ele disse que, como mencionado anteriormente durante sua campanha,
ele é contra o aborto. “Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, fui casado, tive cinco
filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto”, afirmou.
“Entretanto, como o aborto é uma realidade, a gente precisa tratar como questão
de saúde pública.”
Por Tamyres Sbrile
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