Previsão do governo federal era
de R$ 39,61 bilhões, mas parlamentares consideram insuficientes; valor deve
repetir o recorde de 2024
O Congresso Nacional deve
propor um aumento sem precedentes nas emendas parlamentares para o Orçamento de 2025.
Com uma cifra que ultrapassa os R$ 50 bilhões, este valor representa um marco,
repetindo o recorde anterior estabelecido em 2024. Este movimento ocorre em um
momento em que o Banco
Central provavelmente optará por manter a taxa Selic estável, em 10,50% ao
ano. Apesar dessa postura conservadora em relação à taxa de juros, a proposta
de expansão nos gastos públicos através das emendas parlamentares sugere um
cenário de investimento e desenvolvimento significativo.
O contexto dessa proposta é
marcado por uma discrepância entre as expectativas do governo e do Congresso
Nacional. Inicialmente, o governo, liderado pelo presidente Lula, havia
proposto um orçamento para as emendas parlamentares na casa dos R$ 40 bilhões
para o ano de 2025. Contudo, o Congresso avaliou esse valor como insuficiente, argumentando
a necessidade de um montante consideravelmente maior. A situação se complicou
ainda mais em 2024, quando o governo optou por retirar, mas não sancionar, um
total de R$ 5,6 bilhões em emendas, provocando uma resposta imediata do
Legislativo. Como consequência, quase R$ 4,2 bilhões foram reintegrados ao
Orçamento, elevando o total para aproximadamente R$ 51,5 bilhões. Esse aumento,
conforme indicado pelo relator, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), reflete não
apenas as expectativas do Congresso, mas também uma possível ajuste
inflacionário para suportar um volume maior de gastos.
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As negociações em torno do
Orçamento de 2025 prometem ser intensas e estão apenas começando. A expectativa
é que se estendam até o final do ano, envolvendo um diálogo contínuo entre o
Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Um dos tópicos mais sensíveis
nessas discussões é o fundo eleitoral, com o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, expressando preocupações específicas sobre a quantidade de recursos
alocados para esse fim. O objetivo das negociações é alcançar um consenso que
atenda às demandas do Congresso sem ultrapassar as limitações orçamentárias
impostas pelo governo, assegurando uma distribuição eficaz dos recursos para o
próximo ciclo fiscal.
Por Jovem Pan
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro
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