Contratos seriam encerrados para
dar lugar aos novos nomes que serão chamados pela futura presidente, Magda
Chambriard
Devassa na presidência da Petrobras. Essa é a tônica
na companhia dos últimos dias, após a demissão de Jean Paul Prates pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Cerca de 30 funcionários em cargos
de confiança foram sumariamente desligados, diretriz que tem sido atribuída
internamente ao Ministério de Minas e Energia (MME). Os desligamentos são uma
praxe, mas chamou a atenção na estatal a velocidade com que os foram feitos, em
atitude considerada inédita na empresa. A ideia seria não deixar ninguém ligado
a Prates nos quadros da estatal e fazê-lo o mais rápido possível.
Em nota, o MME afirmou não ter
influência sobre as demissões. A “barca” começou com o diretor financeiro,
Sérgio Caetano Leite, e com o gerente executivo de Relações Institucionais,
João Paulo Madruga, mas logo alcançou, também, funcionários dessa gerência e
assessores diretos de Prates.
Pessoas a par das mudanças dizem
que o desligamento dos dois primeiros ocorreram na forma de destituições, por
decisão do Conselho na reunião de quarta-feira, 15. Já as demais demissões
aconteceram pela não renovação de contratos, o que significa que não configuram
uma decisão ativa da gestão interina, de Clarice Coppetti, até então diretora
de assuntos corporativos de Prates
Atrelados a Prates, os contratos
seriam naturalmente encerrados para dar lugar aos de funcionários nomeados pela
futura presidente da estatal, Magda Chambriard. Em caso de troca no comando da
estatal, existe a possibilidade de renová-los por, pelo menos, 30 dias, a fim
de viabilizar a transição, com troca de informações sobre a gestão. Teria sido
assim, inclusive na transição de governo, quando a gestão de Caio Paes de
Andrade, sob Bolsonaro, deu lugar à de Prates, então indicado de Lula. Desta
vez, a ruptura foi ainda maior.
Conforme comunicado
da Petrobras, Chambriard vai assumir a empresa imediatamente após a
eleição como conselheira e nomeação como presidente pelo Conselho, sem
necessidade de assembleia de acionistas, como cogitado por analistas de mercado
inicialmente. Após os trâmites, que devem levar alguns dias, a nova presidente
vai chegar ao seu departamento com o “terreno limpo”.
A mudança revela quão estressada
era a relação de Prates com o Ministério de Minas e Energia, sobretudo com o
presidente do Conselho de Administração, Pietro Mendes, também secretário de
petróleo e gás do MME.
A relação de Prates com Mendes
era marcada por uma guerra fria de narrativas de ambos os lados e, inclusive,
com articulações diretas pela queda do então presidente da estatal.
Procurado, o MME informou que não
tem qualquer gerência sobre nomeações ou demissões na companhia. Reiterou,
ainda, que o assunto não está sob a alçada da pasta, sendo atribuição exclusiva
da governança da Petrobras.
Por Jovem Pan
*Com informações do Estadão
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