Rússia vai às urnas a partir desta sexta em uma eleição sem surpresa que dará a Putin mais seis anos de mandato | Rio das Ostras Jornal

Rússia vai às urnas a partir desta sexta em uma eleição sem surpresa que dará a Putin mais seis anos de mandato

Presidente russo, Vladimir Putin,































dá uma entrevista ao apresentador de TV e diretor-geral da agência de notícias































Rossiya Segodnya (RIA Novosti), Dmitry Kiselyov (não retratado), no Kremlin, em































Moscou. Gavriil GRIGOROV/ POOL/AFP































































































































































































































































Líder russo está à frente do país































desde 2000 e pretende se estender até 20236; votação vai durar até domingo, 17































































































































A partir desta sexta-feira, 15,































os russos vão às urnas em uma eleição sem surpresa que dará a Vladimir































Putin, atual presidente, mais seis anos à frente do país. Segundo as































pesquisas, ele aparece como mais de 80% das intenções de votos. Neste ano, a































votação vai durar por três dias, e se estender até domingo, 17, uma opção































introduzida durante a pandemia de Covid-19, que a oposição considera































fraudulenta, bem como o voto eletrônico, que um terço do eleitorado poderá































exercer. Ao todo, 112 milhões de russos foram convocados para votar e, na































quinta-feira, 15, Putin fez um apelo aos cidadãos e pediu para que eles































participem das eleições e demostrem seu patriotismo, no que ele descreveu como































“um passo para o futuro”, enfatizando que os soldados que lutam na Ucrânia “bravamente































e heroicamente defendendo a pátria e participando das eleições estão dando um































exemplo para todos nós”.































































































































Os eleitores começaram a ira às































urnas às 8h (17h da quinta-feira em Brasília) na península de Kamchatka, no































extremo leste do país. A votação está prevista para se encerrar às 20h de































Kaliningrado (15h em Brasília), um exclave russo situado entre Polônia e Lituânia.































Putin disputa o cargo com o comunista Nikolai Kharkinov e o candidato do Gente































Nova, Vladislav Davankov, que contam com 6% das intenções de voto, além do































ultranacionalista Leonid Slutski, com 5%. Apenas esses três foram autorizados a































participar das eleições.































































































































































































Boris Nadezhdin, anteriormente a































única figura anti-guerra, foi impedido de concorrer pela Comissão Eleitoral































Central (CEC). A candidata Yekaterina Duntsova também foi rejeitada pelo órgão































que controla rigorosamente os candidatos às eleições. À Jovem Pan,































o especialista Valdir da Silva Bezerra, mestre em relações internacionais pela































Universidade Estatal de São Petersburgo, fala sobre as expectativas das































eleições na Rússia.































“Não existe nenhum tipo de surpresa a respeito dos resultados. Alguns críticos































dizem que as eleições presidenciais na Rússia nos últimos anos se tornaram































procedimento de aclamação, não é bem uma disputa, porque não existe nenhum































candidato concorrendo com o Putin que tenha alguma capacidade de fazer frente a































ele”, fala o especialista, ressaltando que outros candidatos poderiam ser um































risco maior à Putin, mas foram impedidos de participar pela Comissão Eleitoral































Central (CEC).































































































































Putin está no pode desde 2000. A































votação permitirá que ele permaneça até 2030 e, após uma reforma































constitucional, poderá ser candidato novamente e seguir no comando do país até































2036, quando terá 84 anos. As regiões anexadas por Moscou na Ucrânia e































Transnístria, território separatista pró-russo da Moldávia, também foram































convocadas para votar. Nos territórios ucranianos anexados, a votação































antecipada começou nos últimos dias de fevereiro. “Não se trata apenas da































eleição de um presidente, está em jogo o destino da Rússia, o que fazer no































futuro. A propósito, em grande parte (essas eleições) determinarão como o mundo































se desenvolverá”, disse Ela Pamfilova, presidente da CEC, acusada de manipular































os resultados das eleições desde que assumiu o cargo em 2016.































































































































Os especialistas ouvidos pela































Jovem Pan, falam que a comunidade internacional não aceitará a votação nas































regiões anexadas, porém, não há o que fazer. “Do ponto de vista do direito































internacional, não tem legetimidadeA comunidade internacional não reconheceu a































anexação dessas regiões, portanto, qualquer tipo de eleição que seja feita ali,































vai ter representatividade dentro da Rússia para o governo Putin, mas não vai































ter uma representatividade internacional”, fala Valdir Bezerra. Leandro































Consentino, cientista político e professor do Insper, reforça que não existe































“um governo mundial, um juiz mundial que diga o que é certo ou errado, o que é































legal ou não, o que faz com que não seja fácil apontar o que é certo ou não”, e































que Putin vai usar isso para dizer que ele venceu como presidente em regiões































que não pertenciam à Rússia, mas que agora são. Mostrando sua força nos































territórios. “Ele vai usar isso como se fosse um atestado de legalidade de que































aquelas regiões pertencem, sim, à Rússia e prova disse é que estão participando































do processo eleitoral e referendam a liderança dele mesmo como prova de que ele































estava correto desde sempre”, finaliza.































































































































Manifestações previstas para































os dias de votação































































































































Yulia Navalnaya, viúva de Alexei































Navalny, morto no dia 16 de março, prometeu dar continuidade a luta do marido e































convocou os russos a votarem em qualquer candidato, exceto Putin. As mulheres































dos soldados russos enviados para a Ucrânia, que pedem seu retorno, aderiram ao































apelo. “O mundo precisa aceitar, de uma vez por todas, que Putin não é quem































parece ser. Na realidade, ele é um usurpador, um tirano, um criminoso de guerra































e um assassino”, disse Yulia Navalnaya, viúva do falecido líder opositor Alexey































Navalny, em artigo publicado esta semana no jornal “The Washington Post”.Yulia Navalnaya, viúva do líder































da oposição do Kremlin, Alexei Navalny, que morreu em 16 de fevereiro numa































prisão russa, dirige-se ao Parlamento Europeu em Estrasburgo, leste de França































│FREDERICK FLORIN / AFP































































































































































































































































A Procuradoria de Moscou alertou































que não toleraria nenhum tipo de ação de protesto durante a votação. A morte de































Navanly, principal opositor de Putin, aconteceu há um mês das eleições, sendo o































ponto mais alto da campanha do líder russo, que é apontado pelos familiares da































vítima e o Ocidente como o responsável pela morte. A oposição russa está se































dirigindo aos líderes, parlamentos e sociedades ocidentais com uma única































exigência: não reconhecer as eleições “totalmente falsificadas, cujo único































objetivo é manter o poder”.































































































































Eles afirmaram que “nunca houve































eleições tão criminosas na Rússia, pois elas ocorrem quando as tropas russas































estão violando a lei internacional e cometendo crimes de guerra na Ucrânia”.































“Não estamos pedindo que as embaixadas sejam fechadas”, afirmaram,































acrescentando que, no mínimo, os países ocidentais “não deveriam reconhecer as































eleições como legítimas”. “O Ocidente não deve reconhecer os resultados.































Reconhecer Putin como chefe de Estado após as eleições será um sinal de































fraqueza”, disseram.































































































































Por Sarah Américo





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