Agentes cumpriram mandados de
busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 20, pela Operação Sétimo
Mandamento
O irmão de criação do governador
do Rio de Janeiro, Cláudio
Castro (PL), Vinícius Sarciá Rocha, atual presidente
do Conselho de Administração da Agerio (Agência de Fomento do Estado do Rio de
Janeiro) foi alvo de mandados de busca e apreensão realizados pela Polícia Federal na
manhã desta quarta-feira, 20. Se trata da Operação Sétimo Mandamento,
que busca investigar os crimes de organização criminosa, peculato, corrupção e
lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados durante a execução dos projetos
Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, geridos pelo governo
estadual, entre os anos 2017 e 2020. Na época, o atual governador ocupava os
cargos de vereador na capital fluminense (2016-2018) e de vice-governador
(2019-2020). Ele assumiu a chefia do Estado em maio de 2021 após o afastamento
de Wilson Witzel. Embora não seja alvo dos mandados nesta quarta, Castro é
investigado.
Os agentes da PF cumprem três
mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STJ (Superior
Tribunal de Justiça), na cidade do Rio de Janeiro.
Também são cumpridos medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e seis
medidas de afastamento de sigilo telemático, como informou a PF em comunicado.
Além do irmão do governador, a subsecretária de Integração Sociogovernamental e
de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, Astrid de Souza Brasil
Nunes, e o gestor de Governança Socioambiental da Cedae, Allan Borges Nogueira
também são alvos da operação.
Segundo as investigações, há
indícios de fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas
públicas e pagamentos de “propinas” aos envolvidos nos esquemas criminosos. O
grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, uma vez que direcionou
a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais. A Polícia Federal
informa que foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis
entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que
totalizam mais de R$ 70 milhões. As investigações seguem em sigilo. O site da
Jovem Pan busca fazer contato com as defesas dos investigados.
Por Jovem Pan
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