Sogra do suspeito acionou a Polícia dizendo que a filha estava sendo agredida, mas a vítima não prestou queixa.
Um sargento da Marinha foi levado
para a delegacia na noite do sábado (1º), em Maricá, na Região
Metropolitana do RJ, depois de ameaçar policiais que foram atender a uma
denúncia de que o sargento estaria agredindo a esposa na casa deles em
Itaipuaçu.
A denúncia foi feita pela sogra
do sargento, que disse que ele estava alcoolizado, tinha agredido a esposa e
tinha armas dentro de casa.
Segundo a Polícia Militar, o
sargento recebeu os policiais com "cordialidade", até o momento em
que a esposa disse que queria ir até a delegacia prestar queixa por agressão.
O suspeito então teria dito à
mulher que ela sabia que seria “ruim” para ela, caso ela fosse à delegacia, e
dito aos policiais: “é minha mulher, bato nela a hora que eu quiser”.
O suspeito é 2º sargento da
Marinha do Brasil. A esposa também atua na Marinha, como 3º sargento.
A polícia informou que o homem
estava com uma arma em cima da mesa e uma pistola na cintura. Um dos agentes
pediu que ele guardasse a arma dentro de casa. O suspeito então teria dito que
guardaria a arma no cofre, mas, antes de entrar na casa, puxou a arma e
apontou contra os policiais.
Os PMs mandaram o suspeito abaixar
a arma, mas o homem teria ameaçado os agentes, que não cederam às ameaças.
Pouco depois, o homem decidiu
guardar a arma dentro de casa e ir até a Delegacia de Maricá, mas disse
que só iria se pudesse ir no próprio carro, ao invés da viatura policial.
A polícia informou que o homem só
chegou na delegacia 50 minutos depois, alterado e xingando os policiais.
A Polícia Militar informou que a
mulher não quis registrar o caso de agressão, mas os policiais registraram por
ameaça. O g1 aguarda informações da Polícia Civil para saber
mais detalhes sobre o caso.
A Marinha do Brasil, em nota,
disse que tomou conhecimento da ocorrência envolvendo dois de seus militares e
que prestará toda a cooperação aos órgãos envolvidos na investigação.
A Marinha concluiu reforçando
“seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra
e os princípios militares”.
Por João Vitor Brum e Bianca
Chaboudet, g1 — Maricá
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