Autor do crime, que deixou uma
professora morta e outros quatro feridos, confessou a prática e deu detalhes do
plano de ação
A Polícia Civil investiga
dois alunos suspeitos de terem ajudado o adolescente, de 13 anos, a realizar o
ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo. O caso gerou
comoção no país na última segunda-feira, 27, quando uma professora foi morta a
facadas e outras quatro pessoas ficaram feridas. Para apurar os fatos,
policiais do 34º Distrito Policial pediram a quebra do sigilo telefônico dos
alunos supostamente envolvidos. O autor do crime, que foi apreendido no mesmo
dia, confessou ter praticado o ataque. Agora, ele está internado em uma unidade
da Fundação Casa do Estado. Em depoimento à polícia, o adolescente disse que
apanhava do pai e era chamado de “rato de esgoto” na escola. O estudante de 13
anos relatou ainda que presenciou seu pai, que sempre foi bastante agressivo,
ameaçando sua mãe com uma faca. Ainda de acordo com a oitiva, o garoto cogitou
matá-lo, mas não teve coragem. O jovem agressor também escreveu um carta na
qual pedia desculpa para a mãe, a tia e a avó pelo ato. O menino disse ainda
que também sofria bullying na Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão
da Serra, onde estudava anteriormente. Ele afirmou que também era agredido
fisicamente. Segundo ele, as piadas ocorriam por conta da sua aparência física.
Aos policiais, o garoto detalhou o plano para o atentado na escola Thomazia
Montoro. A ideia era agir com uma arma de fogo, mas, como não conseguiu obter o
artefato, decidiu atacar professores e alunos com uma faca. O objeto, diz o
depoimento, foi pego na cozinha da mãe. A ideia era matar duas pessoas de forma
aleatória e se matar em seguida. Após matar a professora Elisabeth
Tenreiro, de 71 anos, e ferir outras quatro pessoas, ele foi rendido por
funcionários da escola enquanto agredia uma professora, dentro de uma sala de
aula. O adolescente cursava o 8º ano do Ensino Fundamental. Disse ainda que há
muitos anos e passou a ter ideias de se vingar e treinava o uso de facas no
travesseiro. Além disso, teve como inspiração os ataques em Columbine, em 1999,
e na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, ocorrido em 2019.
Por Jovem Pan
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