Acusados de participação em crime contra comerciante em Rio Bonito, em 2019, vão a júri popular nesta quinta | Rio das Ostras Jornal

Acusados de participação em crime contra comerciante em Rio Bonito, em 2019, vão a júri popular nesta quinta

O comerciante Sandro Sales foi morto em 2019 e caso vai a
 juri popular nesta quinta-feira (1º) em Rio Bonito.
Foto: Arquivo pessoal

Família de Sandro Sales pede por justiça. Segundo investigações da Polícia Civil, sogro da vítima é o mandante do crime pois mantinha relações com a própria filha e tinha ciúmes do namorado dela.

Nesta quinta-feira (1º), será julgado no fórum de Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio, os quatro acusados de envolvimento no assassinato de Sandro Sales, comerciante morto em novembro de 2019.

O julgamento popular está previsto para começar às 9h. Marcela Sales e Vera Lúcia Sales, irmã e mãe de Sandro, também serão ouvidas.

O crime chocou a cidade, principalmente pela motivação. Segundo as investigações da Polícia Civil, um dos acusados, Alexandre dos Santos, mantinha relações sexuais com a própria filha, desde que ela tinha 14 anos de idade, e, por ciúmes, mandou matar o comerciante que namorava a jovem. Na ocasião, ela estava com 25 anos e grávida de oito meses do rapaz. A família da vítima disse que a confirmação da paternidade ocorreu após exame de DNA.

A família de Sandro disse que espera por justiça.

"O Sandro era uma pessoa muito boa. Perdi meu irmão de forma brutal, no dia do aniversário da nossa mãe. Ele ia ser pai. Ela carregava na barriga um filho do meu irmão. Ele estava muito feliz de ser pai novamente. Até hoje é difícil de acreditar no que aconteceu, parece um pesadelo e que ainda não acordei dele. Espero que todo esse sofrimento diminua no dia primeiro de dezembro quando a justiça for feita e todos os presos paguem pelo que fizeram com o meu irmão que era também filho e pai”, desabafa Marcela Sales, irmã do Sandro.

Além Alexandre, acusado de ser o mandante do crime, vão a juri popular outros três homens acusados de envolvimento na execução de Sandro: Adalberto de Andrade Mendes, Jonas Oliveira dos Santos e Luiz Henrique Martins Penetra.

O que diz a defesa

Os advogados dos acusados assim como a Defensoria Pública foram procurados pelo g1. A Defensoria Pública, que faz a defesa de Luiz Henrique, informou "que o trabalho da defesa será o de provar a inocência do réu demonstrando que o mesmo não teve qualquer participação no homicídio do qual é acusado".

O advogado João Carlos Ferreira Azevedo Junior, responsável pela defesa técnica do acusado Alexandre dos Santos, disse que "se solidariza com a dor da família de Sandro, mas acredita que existem situações que não foram até o momento objeto de avaliação mais detida por parte do Poder Judiciário e que na Sessão Plenária do Tribunal do Júri serão devidamente abordadas e analisadas pelo corpo de jurados, o que levará a absolvição do acusado Alexandre dos Santos".

A Defesa Técnica dos acusados Adalberto Andrade Mendes e Jonas Oliveira, que é exercida pelo advogado Daniel Campos Magalhães, informou que "lamenta o falecimento de Sandro, mas acredita que existem questões importantes que não foram levadas em consideração durante o trâmite processual e que serão levantadas durante a sessão do plenário do júri; razão pela qual espera que os jurados ao analisarem esses pontos, julguem de forma imparcial e livre de qualquer influência externa de modo que a decisão final seja justa".

Um quinto envolvido era menor de idade e cumpriu a pena designada para ele na época.

O crime

As investigações da equipe, comandada pelo Dr. Luiz Henrique Guimarães, delegado titular da 119ª DP, na época, mostraram que o comerciante foi sequestrado em casa e passou horas rodando no banco de trás do próprio carro sofrendo ameaças dos criminosos. Depois de entregar os cartões de crédito e as senhas, Sandro foi morto com um corte no pescoço e o corpo deixado na Estrada da Prainha, em Rio Bonito.

Os criminosos fugiram para o município de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, onde utilizaram os cartões de crédito da vítima e através disso os policiais conseguiram chegar até eles. Na delegacia, os criminosos e o menor de idade envolvido na ação confessaram o crime.

"O fato que surpreendeu toda nossa equipe e até os criminosos que praticaram esse crime terrível foi a motivação. Eles disseram na delegacia que foram contratados para matar o amante da esposa (do Alexandre). Contudo, durante as investigações, nós descobrimos que a pessoa que contratou, na verdade, é o sogro da vítima. Ou seja, o sogro mandou matar o genro porque ele tinha um relacionamento com a própria filha", relembra Dr. Luiz Henrique.

Por Bianca Chaboudet, g1 — Rio Bonito

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