Presidente Jair Bolsonaro também manifestou indignação com o caso
A Justiça do Estado do Rio de Janeiro (RJ) mudou, nesta terça-feira, 12, a prisão do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31 anos, de flagrante para preventiva. Bezerra foi preso no domingo 10 por estuprar uma paciente no momento do parto, enquanto ela estava anestesiada. O crime ocorreu no Hospital da Mulher Heloneida Studart, Rio de Janeiro (RJ).
Na segunda-feira 11, o médico foi
levado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, RJ, onde passou por uma
audiência de custódia. Depois do procedimento, a Secretaria de Administração
Penitenciária comunicou que Bezerra foi encaminhado, no fim da tarde de hoje,
para o Presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), RJ. O criminoso vai
ficar isolado em uma cela.
Agora, o anestesista vai ficar
preso por tempo indeterminado e vai ter sua prisão reavaliada daqui a 90 dias.
Durante esse período, o inquérito do caso pode ser concluído e entregue ao
Ministério Público, que vai decidir em manter ou não a prisão do médico. O
criminoso foi indiciado por estupro de vulnerável, que prevê pena de oito a 15
anos de prisão.
Ontem, o presidente Jair
Bolsonaro usou as redes sociais para manifestar indignação com o caso. “É
extremamente lamentável que a nossa Constituição não permita sequer que o
maldito estuprador que abusou de uma paciente grávida anestesiada no Rio de
Janeiro apodreça para sempre na cadeia, sem nenhum tipo de privilégio”, escreveu Bolsonaro.
“Direitos humanos é para a vítima, esse vagabundo que se exploda!”
O crime
No domingo 10, o médico foi preso
pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, depois de ser gravado estuprando uma
mulher grávida na sala de parto. O médico era o responsável pela anestesia
da paciente.
Funcionárias do hospital
decidiram gravá-lo com uma câmera escondida, depois de desconfiar da atuação
dele em outros procedimentos cirúrgicos. Elas começaram a estranhar a
quantidade de sedativo aplicada e a forma como ele se movimentava atrás do
lençol que separava a equipe.
Ao verificarem as imagens, as
funcionárias acionaram a polícia. De acordo com o G1, a checagem
não pôde ser feita em tempo real, impossibilitando que o crime fosse impedido.
Uma das funcionárias disse à polícia que Bezerra sempre ficava à frente do
pescoço e da cabeça da paciente, fazendo com que nenhum outro funcionário
pudesse ver o que acontecia na sala de cirurgia.
No vídeo em questão, uma mulher
está deitada na maca, anestesiada. De um lado, a equipe médica inicia o
procedimento de cesariana na paciente. Do outro lado, o criminoso abre o zíper
da calça e introduz o órgão sexual na boca da mulher.
Quem é o médico
Com 32 anos, Bezerra é formando
na faculdade de medicina desde 2017. De acordo com o G1, ele
concluiu a especialização para atuar como anestesista em abril de 2022. O
criminoso trabalhou em pelo menos dez hospitais públicos e privados.
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