Nesta segunda-feira, os EUA
anunciaram que pretendem retirar-se das reuniões do G20 em que estiverem
presentes diplomatas e demais membros do governo russo
O Brasil defenderá a permanência
da Rússia no G20, grupo que reúne as 20
maiores economias do planeta, disse nesta segunda-feira, 18, o ministro das
Relações Exteriores, Carlos França. Essa postura está sendo adotada pelo
ministro da Economia, Paulo
Guedes, nas reuniões do G20, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial que
ocorrem em Washington nesta semana. “Ao
G20, já manifestamos claramente a posição para que a Rússia pudesse participar
da cúpula de líderes. A exclusão da Rússia não ataca o verdadeiro problema, que
é o conflito”, disse o ministro, em entrevista coletiva ao lado da
diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), a nigeriana Ngozi
Okonjo-Iweala. Os Estados
Unidos anunciaram que pretendem retirar-se das reuniões do G20 em
que estiverem presentes diplomatas e demais membros do governo russo. Na última
quinta-feira, 14, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da
Economia, Erivaldo Gomes, tinha dito que o Brasil pretende evitar “atitudes
emocionais” e evitar destruir as “pontes diplomáticas” com qualquer governo
durante a guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Romper canais de comunicação, a
gente vê como uma maneira de você não ter como discutir o problema e buscar as
soluções. Independentemente de quem seja, queremos que canais de comunicação
estejam funcionando”, afirmou o secretário do Ministério da Economia na semana
passada. Desta segunda-feira até sábado, 23, ministros de Finanças e
presidentes de Bancos Centrais reúnem-se na capital norte-americana. O ministro
da Economia, Paulo Guedes, que participou virtualmente dos eventos nos dois
últimos anos por causa da pandemia de covid-19, está participando
presencialmente dos encontros do FMI, do Banco Mundial e do G20.
Fertilizantes
Na reunião de hoje com a
diretora-geral da OMC, em Brasília, o ministro Carlos França informou que o
Brasil pediu a interferência da organização contra as sanções para os
fertilizantes e insumos agrícolas importados da Rússia. Segundo o chanceler, o
organismo internacional deve atuar para evitar o agravamento dos desequilíbrios
alimentares em todo o planeta, já que a Rússia é um dos principais produtores
mundiais de fertilizantes químicos. De acordo com Carlos França, é necessário
manter o livre fluxo das matérias-primas para a agricultura e impedir a
interrupção das cadeias de produção de alimentos. Além da Rússia, as sanções
abrangem as importações de Belarus, outro grande produtor de insumos agrícolas.
Sobre o pedido de interferência
da OMC, a diretora-geral do órgão prometeu que analisará a questão. “Vou
trabalhar nisso e ver o que pode ser feito”, declarou Ngozi Okonjo-Iweala. Em
sua primeira viagem à América Latina, ela afirmou ter pedido a Carlos França e
ao presidente Jair Bolsonaro que o Brasil venda ao exterior parte dos estoques
reguladores de alimentos para regular a oferta de comida em momentos de
escassez. O chanceler brasileiro respondeu que o Brasil busca ampliar o papel
na segurança alimentar do planeta e disse que o agronegócio do país manteve as
exportações até nos momentos mais críticos da pandemia de covid-19 e não deixou
de vender ao exterior. “Os contratos foram mantidos e honrados”, ressaltou.
Por Jovem Pan
*Com informações da Agência
Brasil
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!