Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação do programa Auxílio Brasil, que distribuirá R$ 400 mensais para 17 milhões de famílias em situação de pobreza até dezembro do ano que vem. Reportagem publicada na Edição 84 da Revista Oeste mostra como o ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalhou para tirar a proposta do papel.
De acordo com o secretário
especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, o Auxílio Brasil custará
cerca de R$ 84,7 bilhões em 2022. As parcelas do novo programa social serão 20%
maiores do que as pagas atualmente aos beneficiários do Bolsa Família.
Dos R$ 84,7 bilhões anunciados,
R$ 34,7 bilhões estão previstos no Orçamento do próximo ano. Conforme noticiou Oeste,
cerca de R$ 50 bilhões virão do espaço que será aberto caso a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios seja aprovada pelo Congresso
Nacional.
A manobra para flexibilizar o
teto de gastos ocorre porque o governo tem à disposição apenas 6% do Orçamento
para investir em infraestrutura e políticas públicas. “O Orçamento é uma peça
engessada e inviável”, criticou o economista Ubiratan Jorge Iorio, em artigo
publicado na Edição 55.
“Trata-se, em suma, de um monstro que vai paralisar o governo.”
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