Apesar de ter revelado estar em negociações com equipes do exterior para seguir sua carreira no vôlei, ex-jogador do Minas Tênis Clube e da seleção brasileira Maurício Souza pode entrar no mundo político a partir de 2022, ano eleitoral. O atleta confirmou ter sido procurado por “partidos conservadores”.
“Isso é uma coisa que não estava
prevista. Nunca me imaginei na política, mas estão me pedindo muito. Muitos
partidos conservadores estão me dizendo que seria importante”, afirmou o
campeão olímpico. “Tenho uma responsabilidade muito grande: em cada post que eu
faço, em cada entrevista que eu dou. Estou vendo o impacto direto que exerço
sobre as pessoas. Elas enxergam em mim esse exemplo. Tenho que pedir sabedoria
a Deus para representar bem essas pessoas”, disse Maurício em entrevista ao
Pânico, da Jovem Pan.
O atleta entrou na linha de tiro
da militância digital depois de publicar na internet sua opinião sobre a nova
série de quadrinhos do novo Super-Homem, na qual Jon Kent — filho de Clark Kent
e Lois Lane — é bissexual.
A pressão foi tamanha nas redes
sociais que os patrocinadores do Minas Tênis Clube, time de Maurício, exigiram
a demissão do jogador. Ele teve o contrato rescindido na quarta-feira 27. O
atleta também foi acusado de homofobia pelo ex-jogador de futebol e
comentarista esportivo Walter Casagrande e pelo apresentador da TV Globo Felipe
Andreoli — e anunciou que vai processá-los.
“Tudo que eu fiz, construí e
batalhei acabou manchado. Não é só um time me contratar, não é só perder o
emprego. O Minas vai pagar meu salário, mas e daí para frente? Não vou arrumar
um time fácil, vai ser uma pressão em cima dos patrocinadores do time, e meus
companheiros vão ter que ter uma cabeça forte”, afirmou.
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