Com a participação de Mariângela De Castro, estudo pretende refletir na formulação das políticas públicas de Saúde para esta população mesmo após o fim da pandemia
Foto Divulgação |
Segundo o levantamento, feito por um compilado e análise aprofundada de reportagens e indicadores publicados ao longo do último ano e meio, a pandemia mostra que o risco de morte de negros em relação aos brancos é de 62% a mais. “Precisamos sair deste momento com ensinamentos e cientes da forma como estamos nos organizando enquanto sociedade. A pandemia escancarou as desigualdades em várias áreas sociais, mas na saúde, que é um direito universal e deve atingir a todos da mesma forma, encontramos claramente esta problemática racial. Isso deve e pode ser combatido com medidas efetivas e o Congresso Nacional é fundamental para o equilíbrio dessa disparidade”.
O documento ganhou a atenção dos senadores que integraram a CPI da Covid-19, ainda antes do fechamento dos trabalhos, contudo, ao reverberar na Comissão de Direitos Humanos da Casa Legislativa, o grupo de trabalho acredita que o relatório complementaria ainda mais a sua função pós-pandemia, que é de mostrar as desigualdades com as quais ainda são formuladas as políticas de saúde para a população negra. “Apesar de sermos a maior parte da população brasileira, ainda vivemos num processo de racismo estrutural, ou seja, somos uma ‘maioria minorizada’ que precisa ser incluída efetivamente dentro das ações do Estado e não discriminada. Reafirmamos que são necessárias mais políticas que pensem na população negra, que foi escravizada em nosso País e tem um processo de histórico de emancipação e independência totalmente falho”, reafirma a advogada Mariângela De Castro.
O Relatório Impactos da Covid-19 sobre Vidas Negras foi coordenado
pela advogada Juliana Souza e contou ainda com outras advogadas como Flávia
Oliva, Genice Senhorinha, Monique Prado, Manoela Silva, Pamella Oliveira,
Rafaela Braga Reis e Thais Oliveira. Além dos pesquisadores de Direito Jálisson
Mendes e Diogo José; e da enfermeira Débora Guedes Bastos.
A ADVOGADA - Mariângela De Castro é pós-graduanda em
Direito Civil e Processo Civil e Advocacia Extrajudicial, cursando Consultoria
e Coaching Sistêmico, presidente da Comissão da Diversidade e da Igualdade
Racial da Subseção de Rio das Ostras/RJ, CEO Fundadora da De Castro Advocacia,
consultora jurídica, mediadora, palestrante, empreendedora certificada pelo
SEBRAE – EMPRETEC e idealizadora do Grupo Dororidade Jurídica, um grupo
formado por advogadas pretas em prol do fortalecimento da advocacia preta e da
luta antirracista.
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