Fernando Frazão | Agência Brasil
Presidente do
TSE reafirma segurança das urnas.
O presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse que não
há lugar na democracia brasileira para a “não aceitação dos resultados
legítimos das urnas”.
A declaração
ocorreu durante uma entrevista ao jornal O Globo e o conteúdo foi publicado
neste domingo (30), na versão digital do veículo.
Barroso voltou
a defender o sistema eletrônico de votação, frisando que já “passou o tempo de
golpes, quarteladas, quebras da legalidade constitucional. Ganhou, leva.
Perdeu, vai embora”.
O ministro tem
feito menções ao cenário das últimas eleições nos Estados Unidos. Nas palavras
dele, o republicano Donald Trump “esperneou muito, mas está na Flórida, não em
Washington”.
A
confiabilidade da urna eletrônica tem sido questionada por milhões de
brasileiros. Recente, conforme registrou o Conexão Política, manifestantes
foram às ruas no Dia do Trabalhador para apoiar o voto auditável.
No início deste
mês, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), atual presidente da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), veio a público para rebater a narrativa de que a
medida estaria enfrentando rejeição no Congresso.
Segundo ela,
apesar de o tema ser liderado pela ala conservadora, grande parte dos
parlamentares estão enxergando o projeto com bons olhos, além de já acenarem
positivamente em defesa da aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC)
135/19, que torna obrigatória a impressão do voto nas eleições para que seja
possível auditar o resultado das urnas eletrônicas.
Além disso, o
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu instalar uma
comissão especial para analisar a PEC.
Barroso, no
entanto, disse que a votação por meio de urnas eletrônicas já é auditável “do
primeiro ao último passo”.
De acordo com
ele, “a principal razão da desconfiança é o desconhecimento de como o sistema é
seguro, transparente e auditável”.
“A urna
eletrônica possui um arquivo que funciona como a velha urna de lona,
armazenando todos os votos, sem a identificação do eleitor, naturalmente. Esse
registro possibilita a recuperação dos votos para sua recontagem eletrônica”,
justificou.
Ainda segundo o
magistrado, “nunca, desde a introdução das urnas em 1996, houve qualquer
denúncia de fraude documentada e comprovada. Se alguém tiver qualquer prova
nesse sentido, tem o dever cívico de apresentá-la”.
Para ele, o
voto impresso no país “sempre fez parte de trapaças, desvios e
questionamentos”.
“Parte das
pessoas que defendem o voto impresso já fazem com antecedência o discurso do
‘se eu perder, houve fraude’. Nos Estados Unidos, aliás, o voto impresso não
impediu esse tipo de alegação”, afirmou.
Por fim,
assegurou que “o processo eleitoral é seguro e que vai proclamar quem
efetivamente venceu. O resto é espuma e fumaça.”
Neste mês de
maio, o Conexão Política veiculou um texto sobre o assunto. Saiba mais:
Entenda
a importância da urgência do voto impresso no processo eleitoral brasileiro
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