O médico Roger Abdelmassih no retorno ao Brasil em 2014,
após ser preso durante fuga no Paraguai (20.ago.2014)
Foto: Senad/Divulgação
Abdelmassih foi
condenado a 173 anos de prisão por abuso sexual de pacientes
A juíza Sueli
Zeraik, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Tremembé, interior de São
Paulo, concedeu nesta quarta-feira (5) permissão para que Roger Abdelmassih
cumpra prisão domiciliar. O ex-médico foi condenado a 173 anos de prisão por
abuso sexual de pacientes.
Na decisão, a
juíza aponta que o estado de saúde de Abdelmassih é delicado e, por isso,
necessita de cuidados constantes que não seriam possíveis na unidade prisional.
“Está evidenciado nos autos que o sentenciado
em questão conta com setenta e seis anos de idade, apresenta quadro clinico
bastante debilitado, experimenta atualmente considerável piora em seu estado de
saúde, necessita de cuidados ininterruptos, medicação constante e em horários
diversificados, exames frequentes e específicos, assim como alimentação
especial e vigilância contínua, tanto da área médica como de enfermagem”, diz
um trecho do documento.
De acordo com a
a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), Roger está internado desde o
dia 9 de setembro no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, localizado na
Zona Norte de São Paulo. A previsão é de que ele deixe a unidade hospitalar no
início da manhã da quinta-feira (6).
Para que o
benefício seja estendido, Zeraik incluiu como exigência a permanência constante
do ex-médico em seu endereço, com avisos prévios de saídas para atendimentos,
uso de tornozeleira eletrônica e perícia médica a cada semestre.
Por ser
considerado do grupo de risco durante a pandemia de Covid-19, Abdelmassih cumpria
prisão domiciliar desde 19 de abril de 2020. No entanto, em agosto do
mesmo ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou
o benefício.
Renato
Barcellos, da CNN, em São Paulo
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