© Reuters Chamas e fumaça após ataque aéreo de Israel
no sul da Faixa de Gaza
GAZA/JERUSALÉM
(Reuters) - Militantes de Gaza lançaram foguetes contra Israel pelo segundo dia
nesta terça-feira, e aviões israelenses lançaram mísseis contra o território
palestino, em um conflito que já matou pelo menos 26 pessoas em Gaza e dois em
Israel.
O conflito mais
sério entre facções armadas de Gaza, controlada pelos islâmicos do Hamas, e
Israel desde 2019 começou com confrontos entre palestinos e policiais
israelenses diante da mesquita de Al-Aqsa de Jerusalém na segunda-feira.
As tensões
entre palestinos e israelenses estão altas na cidade sagrada durante o mês
muçulmano de jejum do Ramadã, incluindo choques esporádicos e possíveis
expulsões de palestinos de casas reivindicadas por colonos judeus em um caso
judicial de longa data que agrava os atritos.
Uma autoridade
palestina disse que Egito, Catar e a Organização Nações Unidas (ONU) estão
tentando conter a violência crescente em meio ao temor internacional de que os
acontecimentos saiam de controle.
O Ministério da
Saúde de Gaza disse que ao menos 26 palestinos, incluindo nove crianças, foram
mortos e que 122 foram feridos por ataques de Israel no enclave de 2 milhões de
pessoas desde que o Hamas disparou foguetes em direção a Jerusalém pela
primeira vez desde 2014 na segunda-feira.
O serviço israelense
de ambulância Magen David Adom disse que duas mulheres foram mortas por ataques
de foguete na cidade de Ashkelon, no sul de Israel.
Israel contesta
o relato sobre o número de vítimas em Gaza, dizendo que matou ao menos 15
combatentes do Hamas e que um terço das centenas de foguetes disparados por
militantes falharam, causando baixas civis entre palestinos.
Em um bairro de
Gaza, um míssil israelense explodiu dentro de um apartamento de um edifício de
vários andares e matou três membros da Jihad Islâmica, disse uma autoridade do
grupo militante.
A polícia disse
que mais de 30 pessoas foram feridas por ataques de foguetes no sul de Israel,
mas os militares israelenses disseram que suas defesas aéreas estão
interceptando cerca de 90% dos lançamentos através da fronteira.
O Hamas disse
que, só em uma saraivada de cinco minutos, lançou 137 foguetes contra Ashkelon
e Ashdod, duas cidades litorâneas ao sul de Tel Aviv, onde várias casas estavam
em chamas.
Os múltiplos
lançamentos pareceram uma tentativa de sobrecarregar o sistema antimíssil
israelense.
Notícias da TV
israelense mostraram tanques do país se concentrando na divisa com Gaza, e
oficiais disseram que infantaria e reforços blindados estão sendo enviados, mas
comentaristas de questões militares disseram que uma operação terrestre na
densamente povoada Gaza é improvável.
A onda de
hostilidades entre Israel e Hamas levou os opositores do primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, a suspenderem as negociações para formação de
um governo que, se bem-sucedidas, tirarão Netanyahu do poder após uma eleição
inconclusiva em 23 de março.
Por Nidal al-Mughrabi e Jeffrey
Heller
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