Anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) pelo governador
Ron DeSantis. MANDEL NGAN / AFP
Ron DeSantis
assinou a lei nesta terça-feira com o argumento de que a vacinação no Estado
está sendo eficaz
O governador da Flórida, Ron DeSantis, encerrou nesta segunda-feira (3) todas as medidas e restrições relacionadas à covid-19 no estado americano, com efeito imediato, citando a eficácia das vacinas.
DeSantis
assinou uma lei que invalida as ordens de emergência locais — que impõem
restrições devido à covid-19 — a partir de 1º de julho, e também assinou uma
ordem executiva que "cobre o período" até a data.
"É o que
se deve fazer com base nas evidências", disse o governador republicano em
entrevista coletiva em St Petersburg, no oeste do estado, referindo-se à
redução de casos e mortes graças ao avanço do processo de vacinação.
Cerca de 9
milhões de pessoas — de um total de 23 milhões de habitantes — receberam ao
menos uma dose da vacina na Flórida, de acordo com o Departamento de Saúde dos
Estados Unidos. "A esta altura, as pessoas que não foram vacinadas
certamente não foi por falta de disponibilidade", acrescentou.
A vacina foi
habilitada na última sexta-feira para todos os maiores de 16 anos sem a
necessidade de comprovação de residência no estado, documento que era exigido
desde janeiro devido à alta demanda inicial.
Isso
possibilitou a vacinação para pessoas em situação irregular, que tinham
dificuldade em comprovar sua residência e do chamado turismo vacinal.
DeSantis
criticou as rígidas medidas de segurança que ainda existem em outros estados do
país. Ele disse que, a esta altura, aqueles que ainda precisam
"vigiar" os habitantes, "estão afirmando que não acreditam em
vacinas, não acreditam em dados, não acreditam na ciência".
As vacinas
Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson estão disponíveis, em muitos casos, em
centros federais, estaduais e municipais, além de várias farmácias e
supermercados com seções farmacêuticas.
DeSantis
acrescentou que nem o estado, nem os governos municipais e distritais podem
fechar negócios por não cumprimento das medidas contra a pandemia.
A lei também
proíbe as empresas de exigirem "passaportes de vacina" de seus
funcionários ou clientes, algo que o governador já havia estabelecido por
decreto no dia 2 de abril.
A medida
coincide com a recente decisão dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças
(CDCs) de permitir o reinício das atividades dos cruzeiros em meados de julho,
desde que 98% da tripulação e 95% dos passageiros estejam vacinados. Não ficou
claro como os requisitos dos CDCs coexistirão com esta nova lei estadual da
Flórida.
Após o anúncio
de DeSantis, funcionários de governos locais criticaram sua decisão. "A
ordem basicamente afirma que a crise da covid terminou no estado da
Flórida", disse o prefeito democrata de Miami Beach, Dan Gelber, ao jornal
local Miami Herald. "Por nenhum conjunto de critérios objetivos estamos
seguros ainda", acrescentou.
Nesta
segunda-feira, a Flórida registrou cerca de 3.000 novos casos de coronavírus e
41 mortes. Ao todo, 36.000 pessoas morreram no estado desde o início da
pandemia.
Da AFP
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