Flordelis nega envolvimento na morte de pastor Anderson
do Carmo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Foto: Reprodução / Youtube
Deputada
federal negou qualquer envolvimento na morte do marido durante depoimento no
Conselho de Ética da Câmara dos Deputados
Rio - A
deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ) afirmou, nesta
quinta-feira, que o marido, o pastor Anderson do Carmo, ficava com mais da
metade do salário dela como parlamentar. Em depoimento ao Conselho de Ética da
Câmara dos Deputados, ela disse que o dinheiro era usado para pagar dívidas do
casal e para manter a igreja em que atuavam.
“O dinheiro era
nosso. Eu é que ficava com 40% do dinheiro, o restante o meu marido ficava para
pagar as dívidas, as contas, as nossas contas. Esse dinheiro não era
administrado só pelo meu marido. O dinheiro da igreja e da família era
administrado pelo meu marido e pelo filho principal que me acusou desse
assassinato”, disse a deputada.
No início do
depoimento, Flordelis lembrou como o pastor Anderson do Carmo atuava na Câmara
dos Deputados. "Meu marido era uma peça fundamental. O apelido do meu
marido nesta Casa era '514'. Muitos dos deputados dessa casa nem o chamavam
pelo nome, passavam pelos corredores e diziam: 'E aí, 514?'. A parlamentar era
eu, mas o articulador era ele", comentou.
Apesar de ser
ré no inquérito da morte do marido, a deputada negou qualquer
envolvimento com a morte dele. "Eu me tornei cantora renomada pelo meu
talento, pela minha voz, mas foi através das articulações que ele fez. Se forem
na gravadora, vão ouvir também que as reuniões, as principais reuniões, era ele
quem ia", contou.
Júri popular
Na
quarta-feira, 5, a
Justiça do Rio decidiu que a parlamentar irá à júri popular pela
morte do marido, morto em junho de 2019, em Niterói, na Região Metropolitana do
Rio. Na decisão, assinada pela juíza do 3º Tribunal do Júri de Niterói
(RJ), Nearis dos Santos Carvalho Arce, outras nove pessoas indiciadas pelo
crime também serão submetidas à decisão dos jurados.
O inquérito
policial, aceito pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), concluído pelo delegado
Allan Duarte, aponta a parlamentar como mandante do assassinato. Ela foi
indiciada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de
documento falso e associação criminosa armada.
POR O DIA
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