Os ex-ministros da Saúde Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta
no Palácio do Planalto. Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
Ex-ministros da
Saúde serão ouvidos no Senado; Pazuello depõe na quarta e, o atual, Marcelo
Queiroga, na quinta
Marcada até o
momento por embates entre senadores, articulações políticas e ações judiciais,
a CPI da
Pandemia retoma seus trabalhos nesta semana com os depoimentos
do atual e dos ex-ministros da Saúde no governo de Jair Bolsonaro (sem
partido). A comissão foi instalada para apurar responsabilidades na gestão da
pandemia da Covid-19.
Os primeiros
convocados para falar à comissão são os ex-ministros Luiz
Henrique Mandetta e Nelson Teich,
ambos nesta terça-feira (4). Mandetta deve ser ouvido a partir das 10h e Teich
a partir das 14h, de acordo com a pauta da reunião da CPI.
Eles serão
questionados sobre o início das ações para o enfrentamento à pandemia, as
estruturas de combate à crise, as ações de prevenção e atenção à saúde
indígena, além do emprego de recursos federais.
Na quarta-feira
(5), será a vez de Eduardo
Pazuello, ministro que comandou a pasta por mais tempo durante a pandemia
do novo coronavírus. Ele será
o único ministro ouvido pelos senadores na sessão.
Pazuello deve
ser questionado sobre a política de aquisição de vacinas, o colapso de oxigênio
em Manaus e as políticas de comunicação do governo sobre isolamento social e
uso de máscaras.
Por fim,
falarão à comissão o atual ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga e o presidente da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. Os dois
foram convocados para oitivas com os membros da CPI na quinta-feira (6). Todos
os convocados vão
comparecer ao Senado na condição de testemunhas, o que significa que eles
têm o dever de comparecer às reuniões.
A convocação
dos ministros atende requerimentos aprovados na semana passada de autoria do
relator, Renan
Calheiros (MDB-AL), do vice-presidente do colegiado, Randolfe
Rodrigues (Rede-AP) e do senador Alessandro Vieira
(Cidadania-SE).
Os três
consideram que os depoimentos devem ajudar a esclarecer se o Brasil poderia ter
tomado outro rumo no enfrentamento a pandemia do novo coronavírus e
para diminuir o número de mortes causadas pela doença.
Randolfe
afirmou que há a possibilidade de Pazuello ser chamado para ser ouvido mais de
uma vez durante as investigações.
Senadores
Jorginho Mello (PL-SC), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE); Luis Carlos Heinze
(PP-RS) e Izalci Lucas (PSDB-DF) debatem em intervalo da CPI da PandemiaFoto:
Jefferson Rudy - 29.abr.2021/Agência Senado
Novos
requerimentos
Além de ouvir
os ex-ministros, a CPI da Pandemia deve votar nesta semana a convocação de
ministros de outras pastas, governadores e prefeitos. Na quinta-feira
(29), a sessão da CPI terminou sem
acordo entre os membros para a convocação do ex-secretário especial de
Comunicação Social, Fábio Wajngarten, para prestar esclarecimentos.
Agora, os
parlamentares sugerem a convocação dos ministros Paulo Guedes (Economia),
Walter Braga Netto (Defesa e ex-Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e
ex-Secretaria de Governo), entre outros. Há ainda requerimentos para a
convocação do ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e do atual
chanceler, Carlos Alberto Franco França.
Entre os
governadores, há requerimentos que pedem oitivas com João Doria (PSDB-SP),
Wilson Lima (PSC-AM), Rui Costa (PT-BA) e Hélder Barbalho (MDB-PA). Wellington
Dias (PT-PI) deve ser convocado como representante do Fórum de Governadores.
Bancada
feminina
Apesar de não
contar com nenhuma mulher entre seus 11 membros, os trabalhos da CPI da
Pandemia serão acompanhados por integrantes da bancada feminina do Senado.
De acordo com
Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada, a participação das mulheres se dará em
esquema de rodízio e pode ser decisiva para o bom andamento dos trabalhos do
colegiado.
"A bancada
feminina não tem direito de indicar um membro, mas isso não nos impedirá de
acompanhar par e passo os trabalhos, não nos impedirá da nossa plena obrigação
de sermos vigilantes (...) colaborarmos na investigação de erros e omissões de
quem quer que seja, autoridades federais, estaduais e municipais", disse Tebet, em entrevista à Rádio Senado.
As senadoras
não podem apresentar requerimentos nem participar das votações, mas podem se
inscrever para fazer questionamentos durante as sessões da CPI.
Murillo
Ferrari, da CNN, em São Paulo
(Com informações da Agência Brasil e da
Agência Senado)
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!