
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Foto: Pilar Olivares - 28.ago.2020/ Reuters
Ex-secretário
estadual de saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, prestou depoimento nesta
quarta-feira (7)
Em depoimento
nesta quarta-feira (7), o ex-secretário estadual de saúde do Rio de
Janeiro, Edmar Santos, afirmou que, em troca de facilitar esquemas de
corrupção, a família do governador afastado Wilson Witzel tinha as
contas pagas por operadores do esquema de corrupção supostamente montado
durante o governo dele.
Santos afirma
que as contas de mensalidades do colégio de filhos de Witzel e até mesmo a
comida que abastecia o palácio Laranjeiras, residência oficial do governador,
eram pagas pelos supostos operadores do esquema.
Perguntado se
presenciou em algum momento o pagamento dessas despesas, Santos disse que não,
mas que o então presidente do PSC, Pastor Everaldo, afirmou isso a ele. “Pagar
eu não vi. Mas a informação que tinha dele próprio e do Edson Torres é que
todas as despesas eram pagas”, disse. “Eram contas do Palácio,
colégio...Segundo Edson e Everaldo falavam, as despesas pessoais do governador
e da família eram bancadas por eles”, completou.
Em seu
depoimento de defesa, Witzel disse que não recebeu nenhum valor do empresário
Edson Torres. A resposta foi a mesma para supostos pagamentos feitos pelo
pastor Everaldo.
“Essa afirmação
do senhor Edmar, eu não tenho como oferecer prova negativa, o que significa
dizer que eu não tenho como provar que eu não recebi. O que eu posso lhe
afirmar na minha condição de defesa é que eu jamais pedi ou recebi qualquer
valor de origem ilícita do pastor Everaldo”, disse o governador afastado.
Edson Torres,
em seu depoimento, disse não só que era o responsável por repassar parte da
propina para Witzel, como também forneceu uma espécie de “colchão de recursos”
para ele, caso Witzel perdesse a disputa ao governo do estado, no valor de
quase R$ 1 milhão.
Já Pastor
Everaldo se recusou a responder questões específicas sobre a acusação quando
ouvido pelo Tribunal Misto. Ele disse que responderá na Justiça já que está
preso e tem um processo correndo contra ele no STJ.
Adriana
Freitas e Pedro Duran, CNN, Rio de Janeiro
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