A relação entre Legislativo e Executivo em Rio das Ostras está
difícil desde o final do ano passado. Foto Angel Morote
Câmara
limitou em 5% a capacidade de remanejamento do orçamento da Administração
Municipal.
Mesmo depois
das eleições, com o quadro definido para os próximos quatro anos, a Câmara
Municipal de Rio das Ostras continua num embate com o Executivo e pode
prejudicar diretamente os cidadãos. Serviços essenciais como a coleta
domiciliar de lixo e a campanha educativa e preventiva contra o Coronavírus
estão ameaçados.
A relação entre
Legislativo e Executivo em Rio das Ostras está difícil desde o final do ano
passado, quando a Câmara Municipal limitou em 5% a capacidade de remanejamento
do Orçamento da Administração Municipal. Desde então, todos os Projetos de Lei
(PL) encaminhados ficam parados e colocam em risco investimentos em áreas
prioritárias.
Os últimos PLs
encaminhados em caráter de urgência no último dia 3 de dezembro são os que
garantem a Coleta Domiciliar de Lixo, que pode parar por falta de recursos em
plena alta temporada; a campanha educativa de prevenção ao Coronavírus, Zika,
Dengue e Chikungunya acertada com o Ministério Público para ir para as ruas
esta semana; a entrega dos Kits de Gêneros Alimentícios de dezembro para todos
os alunos da Rede Municipal de Educação; e o pagamento dos salários dos
profissionais da Educação.
PARA
ENTENDER MELHOR – O Orçamento Municipal é uma peça de planejamento
feita com a previsão de receitas e gastos por área. Rio das Ostras vem num
histórico de oscilação de arrecadação, principalmente das receitas provenientes
da exploração do petróleo. Basta lembrar que as duas últimas parcelas de
Participação Especial deste ano vieram zeradas.
Sem contar com
o enfrentamento da pandemia, que não pode ser prevista em todo o mundo. Em Rio
das Ostras, praticamente todos os investimentos no combate a propagação do
Coronavírus estão sendo feitos com recursos municipais.
Portanto, o
percentual de remanejamento do Orçamento limitado em apenas 5%, deixa nas mãos
do Legislativo quase todos os investimentos necessários da Administração
Pública. Esta é a primeira vez que o Município enfrenta este tipo de situação.
Em todas as outras gestões anteriores, o Executivo tinha 40% de capacidade de
remanejamento do Orçamento.
Nesta “queda de
braços” onde o Legislativo tenta impedir o uso dos recursos públicos, o grande
prejudicado é o cidadão.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!