Professores decidem por manter a greve.
Fernando Frazão/Agência Brasil
Docentes irão
manter ensino a distância. A prefeitura pretende retomar as aulas
presenciais, a partir do dia 17 de forma voluntária para alunos
Professores de escolas públicas municipais do Rio de Janeiro decidiram na terça-feira (10), em assembleia virtual, permanecer em greve para impedir o retorno às aulas presenciais. Os docentes irão manter o ensino à distância. A prefeitura pretende retomar as aulas presenciais, a partir do dia 17, de forma voluntária, para estudantes do 9º ano e anos finais do Programa de Ensino de Jovens e Adultos.
Os professores
estão em greve desde julho, quando decidiram não retornar às atividades
presenciais enquanto a pandemia do novo coronavírus não estiver controlada. De
acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro
(Sepe), professores e funcionários temem que o retorno possa aumentar os
índices de contágio, colocando em risco não apenas esses profissionais, mas
estudantes e familiares.
“Nós
trabalhamos em duas, três escolas. Nossos alunos nem sempre moram perto da
unidade escolar. Mesmo fazendo rodízio, vamos ter ampliação do deslocamento de
estudantes, de famílias de professores e funcionários”, diz a coordenadora
geral do Sepe, Izabel Costa.
Izabel
argumenta que as escolas não têm estruturas adequadas para o retorno. “E mesmo
que tivessem chegado aos índices aceitáveis [de contaminação por covid-19 na
cidade do Rio], as escolas municipais não estão estruturadas para atender a
todos os protocolos sanitários, não é só álcool em gel e sabão. Tem escolas que
não foram reestruturadas, que estão com as janelas fechadas, banheiros
interditados”, afirma.
Aulas
presenciais
No último dia
3, a cidade do Rio entrou no chamado período conservador do Plano de Retomada
das Atividades Econômicas. Apesar de liberar todas as atividades econômicas no
município, a prefeitura alerta que ainda precisam ser mantidos os protocolos
sanitários e as regras de ouro, como o uso de álcool em gel e de
máscaras.
Segundo a
Vigilância Sanitária, as pessoas que tenham comorbidades, sensíveis ainda ao
agravamento da covid-19, devem se preservar e evitar deslocamentos fora de
casa.
Nessa fase, a
prefeitura permitiu a abertura de todas as séries das escolas privadas, das
creches particulares e também as conveniadas. Nas escolas da rede municipal, a
abertura é voluntária, como já tinha ocorrido com as da rede privada e,
inicialmente, para o 9º ano. É preciso haver reuniões de entendimento entre os
diretores, professores e representantes dos conselhos de pais para ver se a
escola preenche os requisitos mínimos para a volta do funcionamento.
Em nota, a
Secretaria Municipal de Educação diz que segue as orientações do Poder
Executivo, do Comitê Científico Municipal e tem como prioridades “o atendimento
ao aluno, a continuidade do processo de aprendizagem, as solicitações de pais e
responsáveis pelos estudantes da Rede Municipal de Ensino, os cuidados
sanitários exigidos pela pandemia”.
Além disso, diz
que serão seguidos os protocolos da Vigilância Sanitária que vão garantir a
proteção da comunidade escolar. “Estão sendo tomadas todas as providências
necessárias como divisão da turma em duas, espaçamento entre as carteiras,
disponibilização de máscara, álcool em gel e demais indicações da Vigilância
Sanitária”.
Da Agência
Brasil
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