Nova York impõe restrições a restaurantes e limita reuniões | Rio das Ostras Jornal

Nova York impõe restrições a restaurantes e limita reuniões

Garçonete usa máscara enquanto atende clientes em
restaurante de NY. 
Peter Foley/ EFE/ 11.11.2020

O governador informou que a proporção de positivos sobre testados subiu para 2,9% em um total de 164.000 exames realizados nas últimas 24 horas 

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, voltou a impor restrições para algumas atividades econômicas e reuniões nesta quarta-feira (11) após um aumento nos casos positivos de covid-19 e pessoas hospitalizadas em todo o estado e seus vizinhos.

Em teleconferência, Cuomo ordenou que, a partir desta sexta-feira (13), os bares e restaurantes licenciados para a venda de bebidas alcoólicas e academias fechem às 22h, horário local, e que as reuniões em residências particulares sejam reduzidas a no máximo 10 pessoas quando consideradas uma "grande fonte de contágio" antes do Natal.

"Estamos vendo o que se previa há meses: um aumento nacional e global, e Nova York é apenas um barco na maré de covid-19", disse o governador, que lembrou que essas medidas buscam "simetria" com as adotadas pelas autoridades em Nova Jersey e Connecticut, em estados vizinhos, para evitar que as pessoas tentem evitá-los.

Cuomo informou que a proporção de positivos sobre testados subiu para 2,9% em um total de 164.000 exames realizados nas últimas 24 horas e há 1.628 pessoas hospitalizadas em todo o estado, o maior número desde meados de junho, com mais mais de 300 em unidades de terapia intensiva.

Toque de recolher

Na vizinha Nova Jersey, a taxa de positividade gira em torno de 5% e restaurantes foram proibidos de servir em ambientes fechados após as 22h, horário local, a partir desta quinta-feira (11), enquanto a cidade de Newark, um centro perto de um aeroporto que serve Nova York, decretou toque de recolher.

Nesta quarta-feira, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, alertou que esta é a "última chance de parar uma segunda onda" e instou a agir "agora" após um aumento na taxa positiva local para 2,52%, números que também remontam a junho, quando começou a reabertura.

A Big Apple tem áreas dos bairros de Brooklyn e Queens nas designações "vermelha" e "laranja", com severas restrições, e nesta quarta-feira o distrito de Staten Island foi adicionado como uma "zona amarela" devido à sua evolução alarmante em relação ao resto da cidade, segundo o governador Cuomo.

“As medidas são adequadas neste momento, antecipando o que vemos como um potencial contágio. Se não forem suficientes para abrandar, vamos fechar mais a torneira e parte disso será para reduzir o número de pessoas que podem comer dentro dos estabelecimentos.” Cuomo observou.

Os restaurantes só poderão oferecer comida para retirada a partir das 22h, horário local, acrescentou o governador, que pediu ao governo local que implante a força policial para garantir o cumprimento da regulamentação, além de apelar para a responsabilidade individual dos cidadãos.

Nova York, que foi o estado mais afetado pelo coronavírus nos primeiros meses da crise nos EUA, não tem mais o maior número de casos acumulados -536.000, atrás do Texas, Califórnia e Flórida- mas tem mortos, quase 34.000, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Da EFE

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