Rodrigo Maia comentou o momento político do país. Luis Macedo/Câmara dos Deputados - 27.10.2020 |
Líder da Câmara usou uma rede social para comentar o posicionamento do presidente da república e do ministro da Economia nesta terça (10)
Após um dia
agitado para a política e economia do País, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), reagiu no Twitter às falas do presidente da República, Jair
Bolsonaro, e do ministro
da Economia, Paulo Guedes, que mexeram com o cenário nacional nesta
terça-feira (10).
"Entre
pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no
País, uma economia frágil e um Estado às escuras. Em nome da Câmara dos
Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos
órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal. E a todos os parentes e
amigos de vítimas da covid-19 a nossa solidariedade", escreveu ele em duas
postagens no Twitter.
As duas
primeiras palavras de Maia se referem a falas de Bolsonaro feitas em uma
cerimônia no Palácio do Planalto na tarde de hoje. Diante da ameaça do
presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, de aplicar sanções econômicas
ao Brasil, caso não haja atuação mais firme para combater o desmatamento e as
queimadas na Amazônia, Bolsonaro reagiu e disse que "apenas pela
diplomacia" não daria. "Depois que acabar a saliva, tem que ter
pólvora. Não precisa nem usar a pólvora, mas tem que saber que tem", disse
Bolsonaro mais cedo.
Depois, ao se
referir à pandemia
de covid-19, o presidente disse que o Brasil
precisa deixar de ser "um país de maricas" e enfrentar a
doença. "Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio, pô.
Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai
morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um
país de maricas", disse em cerimônia no Palácio do Planalto. Para
completar, chamou a imprensa de "urubuzada".
Já o ministro
da Economia disse, pela manhã, que o Brasil pode "ir para uma
hiperinflação muito rápido" se não rolar a dívida satisfatoriamente. Houve
reação à declaração, com alta do dólar.
Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e um estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) November 10, 2020
Agência
Estado
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