Imagem: Reprodução
Um novo projeto de lei apresentado pelos
republicanos do Senado cortará o financiamento de escolas que
permitem que homens biológicos, que se identificam como mulheres, participem de
esportes femininos.Os senadores republicanos Kelly Loeffler (Geórgia),
James Lankford (Oklahoma), Marsha Blackburn (Tennessee), Tom Cotton (Arizona) e
Mike Lee (Utah) apresentaram o projeto de lei ‘Proteção de Mulheres e
Meninas nos Esportes Lei de 2020’ (link) em 22 de setembro.
O projeto de lei centra-se no cumprimento da lei de
direitos civis nos Estados Unidos ‘Título IX’ – aprovada como parte das emendas
da Lei
Federal de Alterações Educacionais de 1972 – no atletismo, afirmando
que “o sexo deve ser reconhecido com base unicamente na biologia reprodutiva e
genética de uma pessoa no nascimento.”
“O Título IX estabeleceu uma chance justa e igual
para mulheres e meninas competirem, e os esportes não devem ser exceção”, disse
a senadora Loeffler em um comunicado. “Como alguém que aprendeu lições de vida
inestimáveis e construiu confiança ao praticar esportes ao longo da minha
vida, tenho orgulho de liderar esta legislação para garantir que meninas de
todas as idades possam desfrutar dessas mesmas oportunidades.”A
legislação segue uma série de denúncias que foram feitas contra atletas homens
biológicos, que se identificam como mulheres, que praticam esportes femininos.
“Orgulho de
liderar este esforço em defesa das mulheres e meninas. O Título IX estabeleceu
uma chance justa para meninas de todas as idades competirem – os esportes não
devem ser exceção. Os Senadores Mike Lee, Marsha Blackburn, Lankford, Tom
Cotton e eu estamos garantindo igualdade de condições”, escreveu a Senadora
Kelly Loeffler no Twitter em 22 de setembro.
O Conexão Política relatou anteriormente que atletas femininas de
atletismo no estado americano de Connecticut processaram a Conferência Atlética
Estadual por forçá-las a correr contra atletas homens biológicos, que se
identificam como mulheres.
As meninas e suas famílias entraram com o processo
no Tribunal Federal em Hartford, desafiando a política estadual que permite aos
meninos competir contra as meninas. A queixa abordou o Título IX e as
diferenças biológicas entre pessoas com DNA masculino e feminino.Em
março, o estado de Idaho aprovou o PL500, ‘Fairness in Women’s Sports Act’ (Lei
da Justiça no Esportivo Feminino), uma lei que restringe homens
biológicos de competir em esportes femininos.Se aprovada, a Lei federal de
Proteção de Mulheres e Meninas no Esporte de 2020 atenderia às medidas tomadas
pelo Governo Trump, que recentemente ameaçou reter o financiamento federal para
escolas que permitissem que alunos “transexuais” competissem em esportes em um
sexo diferente do seu sexo no nascimento.
Proud to lead this effort in defense of women & girls.
— Senator Kelly Loeffler (@SenatorLoeffler) September 22, 2020
Title IX established a fair chance for girls of all ages to compete—Sports should be no exception.@SenMikeLee @MarshaBlackburn @SenatorLankford @SenTomCotton & I are ensuring a level playing field. https://t.co/stG06XTW52
Angela
Morabito, porta-voz da Secretaria de Educação dos EUA, disse ao The New York
Times que as escolas tiveram amplas oportunidades de agir dentro da lei.
“Não é extorsão
exigir que os distritos escolares sigam a lei federal”, disse Morabito. “Na
verdade, é o contrário. O Congresso exige que a Secretaria retenha fundos de
escolas que não cumpram a lei.”
Os senadores
que propuseram o projeto de lei dizem que o PL pretende proteger a integridade
e a segurança das atletas.
“Na melhor das
hipóteses, os esportes ensinam aos nossos filhos lições fundamentais sobre
justiça e integridade em um ambiente seguro, mas não há nada justo, honesto ou
seguro em permitir que os homens disputam em ligas esportivas destinadas
exclusivamente às mulheres”, disse o senador Cotton. “Este projeto de lei
preservará as ligas e times esportivos que permitem que mulheres e meninas se
destaquem como atletas. E vai defender o princípio do senso comum de que o
esporte feminino é para mulheres. É trágico, mas não é surpreendente que tal
defesa seja necessária.”
O senador James
Lankford acrescentou: “Permitir que homens biológicos participem de esportes
femininos fere o próprio espírito do Título IX, que pretendia criar um campo de
jogo igual para mulheres e meninas. Este projeto de lei defende e reitera a
intenção do Congresso e promove a igualdade real para mulheres e meninas nos
esportes, respeitando a dignidade das atletas femininas biológicas em todo o
país. ”
Estudos
Um novo estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia
levantou questões importantes sobre se o “estágio de transição” das atletas
trans realmente importa no que diz respeito ao desempenho. O estudo mostrou que
níveis reduzidos de testosterona em homens em transição ainda não os tornam
iguais às mulheres.
A pesquisa,
intitulada “Mulheres transexuais no esporte de elite: considerações éticas e
científicas”, concluiu que os níveis reduzidos de hormônios masculinos,
atualmente considerados aceitáveis pelo Comitê Olímpico Internacional para
atletas trans, não são suficientes para torná-lo justo para as mulheres
atletas.
A Reuters cita o estudo, afirmando que os níveis
reduzidos de hormônios masculinos em “homens em transição” ainda são
“significativamente mais altos” do que os das mulheres.
Os autores do
estudo dizem também que a redução da testosterona não compensa outras características
masculinas, como estrutura óssea, e maior tamanho e capacidade do pulmão e do
coração, os quais dão ao atleta trans a vantagem biológica. Para torná-lo
realmente justo, os autores do estudo sugerem que toda uma nova categoria seja
criada para atletas transexuais competirem entre si.
O Instituto
Karolinska, na Suécia, apresentou resultados semelhantes. Ele conduziu um
estudo sobre homens que procuravam fazer a transição para a “mulher” transexual
e relatou no ano passado que, mesmo após um ano de tratamento para a “transição
sexual” (supressão da testosterona), força muscular, tamanho e composição,
ainda resultavam em vantagem para as “mulheres” trans em relação às mulheres
biológicas. Ninguém sabe quanto tempo um homem deve estar sob esse tratamento antes
que o campo de jogo esteja nivelado, ou se ele realmente poderá algum dia estar
nivelado.
Realidade
No quadro
geral, o cristianismo vê o debate sobre identidade de sexo como uma batalha
sobre o que é real e o que não é – em outras palavras, como somos criados.
O evangelista
americano Franklin Graham diz que o caos sexual que se desenrola diante de
todos é o resultado da sociedade abandonando os ensinamentos básicos da Bíblia,
e vai muito além do esporte.
“Os grupos
de mulheres estão justamente pedindo às autoridades esportivas que acordem para
essa injustiça. Eu concordo, mas acho que o despertar precisa ir muito mais
longe. Pais, professores, autoridades locais … todo mundo precisa acordar para
os perigos da mentira da transexualidade. Deus criou homem e mulher. Somos
feitos diferentes, até o nosso DNA”, disse Graham.
Por Thaís Garcia
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