![]() |
Imagem: The Epoch Times |
Um policial de Nova York de origem tibetana, naturalizado americano, que também é reservista do Exército no estado de Nova Jersey, tem espionado secretamente para o governo chinês, rastreando apoiadores locais do movimento de independência do Tibete e dando “inteligência” às autoridades chinesas, alegaram promotores federais na segunda-feira (21).
Membro do
Departamento de Polícia da Cidade de Nova York desde 2016, Baimadajie Angwang,
de 33 anos, foi acusado de espionagem, fraude eletrônica, atuar ilegalmente
como agente estrangeiro e declarações falsas depois que autoridades afirmaram
que ele mentiu em formulários oficiais do governo sobre seus contatos com a
China. Ele também é acusado de obstruir sua verificação de antecedentes de
segurança nacional, que as autoridades alegam ter ajudado a esconder seus
esforços de espionagem que começaram em 2014.
Angwang
repassou informações coletadas das atividades dos tibetanos na cidade a dois
funcionários do consulado chinês em Nova York, e trabalhou para identificar
fontes potenciais de informação de dentro da comunidade para ajudar nos esforços
de monitoramento da China, de acordo com documentos judiciais arquivados no
Distrito Leste de Nova York. Ele também tentou conectar um de seus contatos no
consulado com membros influentes do Departamento de Polícia de Nova York
(NYPD), convidando o policiais para eventos, disseram os promotores.
As autoridades
chinesas teriam pago várias dezenas de milhar de dólares em troca desses
serviços.
Investigadores
federais dizem que vários membros da família de Angwang foram membros do
Partido Comunista Chinês e serviram no Exército de Libertação do Povo.
Em sua acusação
na segunda-feira (21) no tribunal federal do Brooklyn, em Nova York, Angwang
foi levado sob custódia. Seu advogado pode pedir fiança em um futuro processo,
segundo o Washington Post.
Angwang, nasceu
no Tibete, uma região autônoma da China, e recebeu asilo nos Estados Unidos
depois de ultrapassar o prazo de validade do visto e alegar que foi “preso e
torturado” pela China “devido em parte à sua etnia tibetana”, de acordo com a
queixa criminal.
Ele “violou
todos os juramentos que fez neste país”, incluindo ao seu país[EUA], o Exército
[americano] e o NYPD [Departamento de Polícia de Nova York], disse o comissário
de polícia, Dermot Shea, em um comunicado.
Angwang foi
designado para o 111º Distrito, na área de Bayside, no burgo de Queens, em Nova
York.
“Desde os
estágios iniciais desta investigação, os departamentos de Inteligência e
Assuntos Internos do NYPD trabalharam em estreita colaboração com a Divisão de
Contra-espionagem do FBI para garantir que esse indivíduo fosse levado à
justiça”, acrescentou Shea.
Angwang violou
“seu juramento como policial de Nova York para proteger e servir aos cidadãos
de Nova York, ao reportar a funcionários do governo [da China] sobre as
atividades de cidadãos chineses na área de Nova York e desenvolver fontes de inteligência
dentro a comunidade tibetana nos Estados Unidos”, acrescentou o procurador da
União, Seth D. DuCharme, em um comunicado.
O policial está
atualmente suspenso e sem remuneração, de acordo com um porta-voz da Polícia de
Nova York. Se ele for condenado por espionagem, ele pode pegar uma pena de
prisão de até 55 anos.
Por Thaís Garcia
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!