Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello.
Foto: Rosinei Coutinho / SCO / STF / CP
O ministro
Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito
que investiga a suposta interferência de Jair Bolsonaro (sem partido) na
Polícia Federal, afirmou à CNN que autorizar o depoimento por escrito
seria um gesto de respeito ao presidente.
"Seria por
parte do Judiciário um reconhecimento do nosso direito. E seria uma deferência
ao presidente. É o diálogo, a harmonia que a Constituição reclama entre os
poderes. Independência e harmonia, cada qual atuando em sua área. Eu acho que é
hora de nós nos compenetrarmos que devemos somar forças para buscar melhores
dias", ressaltou.
Marco Aurélio
Mello também negou à CNN que haja um mal-estar em função do voto
apresentado por ele a favor do depoimento por escrito.
"Nós
respeitamos muito a posição assumida pelo colega [Celso de Mello]. Mas o
colegiado é um somatório de forças distintas. Não existe o não me toque.
Disseram que o ministro Celso de Mello teria um desgaste. Não houve desgaste.
Eu, por exemplo, cansei de ficar vencido sozinho. Nunca me senti desgastado.
Isso é fake", afirmou o ministro.
Leandro Magalhães, da CNN, em Brasília
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