Programa impulsiona o desenvolvimento de vacinas contra
a covid-19. Roman Pilipey/EFE/EPA - 16.09.2020
Medida
provisória foi editada nesta quinta-feira. Adesão permitirá o acesso ao
portfólio de nove vacinas em desenvolvimento, além de outras em análise
O governo
federal editou nesta quinta-feira (24) medida provisória para liberar cerca de
R$ 2,5 bilhões para o país aderir ao Covax
Facility, consórcio global de governos e fabricantes para impulsionar o
desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Além desta, uma segunda medida,
de adesão ao programa, deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da
União desta quinta-feira.
“Espera-se que,
por meio deste instrumento, o Brasil possa comprar o equivalente para garantir
a imunização de 10% da população até o final de 2021, o que permite atender
populações consideradas prioritárias”, afirma o Palácio do Planalto em nota. A
adesão permitirá o acesso ao portfólio de nove vacinas em desenvolvimento, além
de outras em análise.
O governo
aposta na vacina desenvolvida pela Universidade
de Oxford e a AstraZeneca contra a covid-19. A Fiocruz ganhou
aporte de R$ 2 bilhões para receber, processar, distribuir e passar a fabricar
sozinha o imunizante. A ideia é que os primeiros 15 milhões de doses sejam
aplicados em janeiro de 2021 no Brasil, ano em que 100 milhões de unidades
devem ser distribuídas.
O ministro da
Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira, 24, que a pasta acompanha
o desenvolvimento de todas as vacinas, e não descarta comprar doses além
daquelas de Oxford.
Governos
estaduais também têm negociações próprias sobre vacinas. São Paulo, por
exemplo, aposta na Coronavac, fabricada na China. O Paraná, por sua vez, tem
negociação com a Rússia para fabricar a Sputnik V.
"Esta
iniciativa (aderir ao Covax Facility) não impede que o país realize
posteriormente acordos bilaterais com outras empresas biofarmacêuticas
produtoras de vacinas contra a Covid-19 que não estejam contempladas pela
iniciativa global. Também não ficam impedidas iniciativas já realizadas pelo
Estado Brasileiro, com as empresas biofarmacêuticas que fazem parte da
iniciativa global", disse o Planalto em nota.
Agência
Estado
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