Agência Brasil | Marcelo Camargo |
Em nota, a
Polícia Federal (PF) informou, sem mencionar nomes, que o principal alvo da
investigação “é mundialmente conhecido pelo seu envolvimento com o tráfico
internacional de drogas e também de armas”, já tendo sido preso no Paraguai, de
onde foi expulso em 2017, quando passou a cumprir pena em estabelecimentos
prisionais federais do Brasil.
De acordo com
apurações iniciais, trata-se de Jarvis Parvão, que cumpre pena na
Penitenciária Federal de Brasília. Razão do nome dado à operação deflagrada
hoje, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Receita
Federal, Pavo Real, nome que, segundo a própria PF, “faz referência
à alcunha (codinome) pelo qual é chamado o investigado”.
O cumprimento
dos mandados de prisão (sendo 16 preventivas e cinco temporárias) e de busca e
apreensão, foi autorizado pela 3ª Vara da Justiça Federal, em Rondônia,
especializada em delitos praticados por organizações criminosas, contra o
sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Outras cinco pessoas investigadas
tiveram as prisões convertidas em domiciliar, em razão de suas idades e por
possuírem filhos menores.
Ocultação de
bens patrimoniais
Em nota, a PF
informou que vem investigando os suspeitos desde o ano passado, e que, neste tempo,
reuniu provas da existência de um esquema criminoso de ocultação de bens
patrimoniais adquiridos com o dinheiro obtido ilegalmente.
De acordo com a
PF, parentes de Jarvis Parvão, incluindo sua esposa, mãe, padrasto, filhos,
genros, irmãos e sobrinhos, participavam do esquema de lavagem de dinheiro.
Todos tiveram prisões decretadas pela 3ª Vara da Justiça Federal.
A Justiça
Federal também determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões das contas de 96
investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade
comercial de 22 empresas que, segundo os investigadores, eram usadas para
movimentar valores ilícitos.
A Justiça
Federal também determinou o sequestro de 17 veículos de luxo, com valores
individuais de mercado superiores a R$ 100 mil cada, e que, somados, totalizam
R$ 2,3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome/em uso pelos
investigados.
Também foram
sequestrados, com autorização judicial, 50 imóveis, cujos valores, somados,
ultrapassam R$ 50 milhões, de acordo com a PF. Dezenas de outros imóveis
registrados em nome de investigados também foram sequestrados.
Por Marcos Rocha
As
informações da Agência Brasil.
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