Na última
semana, manifestantes de roupas pretas e rostos cobertos foram às ruas e
acabaram entrando em confronto com apoiadores do governo e com a Polícia
Militar de São Paulo. Eles são um grupo organizado que promove a baderna em
nome do “antifascismo”, que pode usar violência para defender seus
ideais: os antifas. A reportagem da CNN foi até uma ocupação que fica no
centro de São Paulo, ponto de encontro do grupo.
“Nós somos
trabalhadores, somos jovens estudantes, pessoas inconformadas com o momento político
que a gente vive no país e que buscam um futuro melhor pros nossos
filhos, pros nossos amigos, pras nossas famílias, esses somos nós”, diz um dos
integrantes dos Antifas.
Em um quarto
pequeno, a reportagem foi recebida por seis integrantes da organização. No
alto, as bandeiras da “ação antifascista São Paulo”.
Essa
organização que topou falar com a CNN nasceu a partir de um grupo
de amigos que se encontrava nas manifestações a favor de Dilma Rousseff,
durante o período que culminou no impeachment da então presidente. Desses
encontros, o grupo viu que precisava ir além das manifestações e formar um
movimento político, de fato, e popularizar a luta contra o fascismo.
“O antifascismo,
ele busca a superação do capitalismo. A gente busca a superação do capitalismo,
a gente busca a superação do machismo, do sexismo, da lgbtfobia e do racismo. a
gente entende que essas estruturas de opressão que existem na nossa
sociedade elas são estruturas de opressões fundamentadas na lógica capitalista.
A gente entende que pra superar essas opressões a gente precisa superar o
capitalismo.”
Eles admitem
que a violência pode ser usada como tática.
“Sem dúvida.
Existe a necessidade da violência. A gente vive num país em que a gente tem
taxa de homicídios exorbitante, extrapolante, então, é necessário. A violência
ela faz parte do ser humano, faz parte da sociedade capitalista, o estado é
violento com a gente, a polícia é violenta e por que não se utilizar da
violência também?”, diz um dos integrantes.
“Sem dúvida
nenhuma é necessário violência. A violência é revolucionária. A gente se
utiliza da violência porque a gente tem amor pelos nossos, a gente tem amor
pelo diferente, e é isso”, declara.
Por Tiago
Netto
Conexão
Política
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