Diretor do PS, Sandro Pereira, com pacientes recuperados. Dona Antônia, que está à direita de casaco, ficou seis dias internada. Fotos: Divulgação |
A cada
semana dia, mais pacientes recebem alta do Pronto-Socorro.
Isolamento, uso
de máscaras e álcool gel, distanciamento social e muitas incertezas. Quantos
procedimentos para se adaptar à nova rotina e lutar contra um inimigo
invisível, que é o coronavírus (Covid-19). Travar essa batalha não é fácil e
tem se tornado o desafio de muitas pessoas a cada dia. Em meio ao crescimento
de casos da doença em Rio das Ostras, também é preciso falar das coisas boas,
principalmente, das pessoas infectadas que passaram por internação e conseguiram
vencer essa guerra.
É o caso da
moradora do Âncora, Antônia Léa Barcelos da Silva, de 55 anos, que ficou
internada por seis dias no Pronto-Socorro de Rio das Ostras, unidade de
referência para casos de Covid-19. A paciente tem problemas de diabetes e pressão
alta.
Segundo
Antônia, os sintomas começaram no dia 18 de maio, quando passou a ter febre,
muita dor no corpo e falta de paladar. Ela passou pelo Centro de Triagem, tomou
medicamento por alguns dias em isolamento. Mas, sem melhora do quadro, fez exame
de sangue e tomografia, sendo então confirmado o diagnóstico de Covid-19.
“Desde que
começou a pandemia, por poucas vezes saí de casa e acabou acontecendo. Não
imaginava e tinha muito medo de contaminar outras pessoas. Minha maior
preocupação era com meus filhos e netos. Mas, graças a Deus, me sinto bem
agora. Nesses dias internada, fui muito bem tratada, tomava medicação na hora
certa e consegui voltar para casa”, contou Antônia.
Até agora, o
que se sabe é que a condição pode ser fatal para idosos acima dos 60 anos ou
para pessoas que já possuem a saúde fragilizada por problemas respiratórios e
imunológicos. No entanto, isso não quer dizer que todos os jovens são
resistentes aos sintomas mais graves da doença. Eles podem aparecer em
pacientes de qualquer faixa etária.
Um outro
morador de Rio das Ostras que venceu o coronavírus, J.R.A.S, que não quis se
identificar, tem apenas 37 anos e ficou internado no Pronto-Socorro durante
cinco dias. Ele sentiu os primeiros sintomas na saída do trabalho em outra cidade
e teve febre, tosse e dor nas costas. Fez tomografia e tomou medicamento em
casa por sete dias, mas, como piorou, na semana seguinte resolveu ir ao
Pronto-Socorro Municipal e, após os exames, foi constatado problemas no pulmão
e precisou ser internado.
“Meu maior medo
era ficar entubado, pois, dependendo do caso, é difícil voltar. É um vírus
novo, desconhecido até para muitos especialistas e cada organismo reage de um
jeito. É diferente do combate de outras doenças do dia a dia. Agradeço por ter
um excelente apoio dos profissionais do Pronto-Socorro, fui muito bem tratado.
Até o prefeito passou por lá duas vezes”, acrescentou J.R., que é casado, tem
dois filhos e já voltou ao trabalho esta semana.
TRABALHO
ÁRDUO – Subestimar os sintomas e efeitos da Covid-19 é um erro e,
enquanto pesquisadores tentam encontrar a vacina para esse mal, profissionais
da Saúde seguem na linha de frente do combate ao Coronavírus e com muita
determinação.
O diretor do
Pronto-Socorro de Rio das Ostras, Sandro Pereira Ribeiro, ressaltou que são
tempos difíceis, mas que é uma alegria quando a equipe vê pacientes sendo
curados da Covid-19. Essa vitória é comemorada por todos, do pessoal da limpeza
aos médicos.
“Diariamente
rezamos para que tudo dê certo e termine bem para todos. Cada paciente que
passa por aqui, cuidamos como se fosse um dos nossos familiares. Amor ao
próximo acima de tudo, pois não é uma doença simples, traz muita dor para as
famílias. Então, não desistiremos e vamos trabalhar sempre como amor e carinho
para salvar cada um que precise do atendimento”, concluiu Sandro, lembrando
para que as pessoas fiquem em casa o máximo possível para evitar uma propagação
maior da doença.
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