Copom define na quarta reunião do ano a taxa Selic. Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil |
A expectativa é
que o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduza a Selic, atualmente
em 3,75% ao ano
O Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define nesta quarta-feira (6),
em Brasília, na quarta reunião de 2020, a taxa básica de juros, a Selic,
atualmente em 3,75% ao ano. Ainda hoje a nova taxa deverá ser anunciada.
A mediana
(desconsidera os extremos nas estimativas) das projeções das instituições
financeiras consultadas pelo BC prevê redução de 0,50 ponto percentual, para
3,25% ao ano, o menor nível da história.
O Copom
reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro são feitas apresentações
técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial
e o comportamento do mercado financeiro.
No segundo dia,
os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e
definem a Selic.
Taxa de
juros
O Banco Central
atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo
títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor
definido na reunião.
A Selic, que
serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em
negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente
no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
Ao manter a
Selic no mesmo patamar, o Copom considera que as alterações anteriores nos
juros básicos foram suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que
deve ser perseguido pelo BC.
Ao reduzir os
juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a
produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar
segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da
meta de inflação.
Quando o Copom
aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança.
A meta,
definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite
inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a
meta é 3,75%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para
baixo.
As instituições
financeiras consultadas pelo BC projetam inflação menor que o piso da meta. A
projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 1,97%,
este ano. Para 2021, a estimativa é 3,30%.
Do R7, com
Agência Brasil
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