Mendonça atuava como advogado da União desde 2000. José Dias/PR – 23.04.2020 |
Atual
advogado-geral da União assumirá a vaga deixada por Sérgio Moro e é cotado como
o ministro “terrivelmente evangélico” a ser indicado para o STF
Profissional de
carreira na AGU (Advocacia-Geral da União), André Luiz de Almeida Mendonça, de
47 anos, foi o nome
escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça
e Segurança Pública, cargo que ficou vago após a exoneração
do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro.
Atual
advogado-geral da União, Mendonça nasceu em uma família religiosa na
cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 1972. É advogado da União desde
2000 e, antes de assumir o comando da AGU, no ano passado, foi assessor
especial da CGU (Controladoria-Geral da União) entre 2016 e 2018.
Formado em
direito em 1993 na Faculdade de Direito de Bauru, o novo ministro da Justiça
fez mestrado na Universidade de Salamanca, na Espanha, sobre Corrupção e Estado
de Direito e é doutorando na mesma instituição com o projeto Estado de
Direito e Governança Global. Ele também é pós-graduado em Direito Público
pela Universidade de Brasília.
Pastor da
Igreja Presbiteriana do Brasil, Mendonça é também cotado como o ministro
“terrivelmente evangélico” que poderá ser indicado para a vaga que será aberta
após a aposentadoria de Celso de Mello no STF (Supremo Tribunal
Federal), em novembro.
Mendonça ganhou
destaque na AGU ao ser vencedor da categoria especial do Prêmio Innovare/2011
pelas práticas de combate à corrupção adotadas pela AGU. A condecoração
homenageia práticas eficientes no Poder Judiciário, Ministério Público,
Defensoria Pública e advocacia.
Presente em
algumas das entrevistas coletivas no Planalto para abordar a pandemia do novo
coronavirus, Mendonça reiterou sempre uma posição alinhada com a de Bolsonaro
e defendeu
que o combate à doença nos Estados e municípios deve acontecer "sem abuso
ou punitivismo".
"As
medidas técnicas precisam ser adotadas com razoabilidade, sem abusos ou
cerceamentos excessivos na liberdade dos cidadãos e sem um punitivismo
injustificado", destacou o advogado-geral na semana passada.
Do R7
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