Investigação pode se voltar contra Sérgio Moro. Demétrius Abrahão/Fotoarena/Estadão Conteúdo |
Decisão do
ministro decano da Suprema Corte atende ao pedido do procurador-geral da República,
Augusto Aras
O ministro Celso
de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu nesta segunda-feira (27)
autorizar a abertura de um inquérito para investigar as declarações
feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro contra o presidente Jair
Bolsonaro.
A decisão de
Celso de Mello, decano da Corte, atende ao pedido
do procurador-geral da República, Augusto Aras.
Ao pedir
demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Moro acusou o presidente
de tentar interferir nas investigações da PF (Polícia Federal) ao exonerar o
Maurício Valeixo do comando do cargo.
"Não é
questão do nome, há outros delegados igualmente competentes. O grande problema
é que haveria uma violação à promessa que me foi feita, de ter carta branca,
não haveria causa e estaria havendo interferência política na PF, o que gera
abalo na credibilidade", afirmou Moro.
A intenção
agora é apurar se foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, coação no
curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de
Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a
honra.
Integrantes do
MPF (Ministério Público Federal) apontam que, como Aras pediu ao STF a apuração
do crime de denunciação caluniosa e contra a honra, o inquérito pode se voltar
contra Moro, caso as investigações não confirmem as acusações.
Clébio
Cavagnolle, da Record TV
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!