Bolsonaro pede coerência ao ministro do STF. Marcos Corrêa/PR - 29.04.2020 |
Nomeação foi
impedida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que acatou um mandado de
segurança protocolado pelo PDT
O presidente
Jair Bolsonaro lamentou na manhã desta quinta-feira (30) a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral
da PF (Polícia Federal).
"Eu não
engoli ainda essa decisão do seu Alexandre de Moraes. Não é essa a forma de
tratar um chefe do executivo que não tem uma acusação de corrupção que faz tudo
o possível por seu país", afirmou. A nomeação de Ramagem foi suspensa
pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes na
quarta-feira (29).
Moraes acatou o
pedido do PDT, feito por mandado de segurança. Uma das alegações que constam do
mandado de segurança é a declaração do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de
que poderia haver interferência política na PF.
Bolsonaro disse
estar "chateado" com decisão e que se Ramagem não pode ocupar a chefia
da PF, também não poderia atuar na Abin (Agência Brasileira de Inteligência),
atual setor do delegado. Para o presidente, a decisão de Moraes foi
"política".
"Senhor
Alexandre de Moraes, aguardo uma canetada para tirar o Ramagem da Agência
Brasileira de Inteligência, para ser coerente", disse a jornalistas.
O presidente
afirmou que o governo está discutindo um novo nome para ocupar a chefia da PF,
mas que AGU (Advocacia-Geral da União) vai recorrer da decisão sobre
Ramagem.
"Estamos
discutindo um novo nome, uma nova composição para a gente fazer com que a
Polícia Federal reamente tenha isenção e ajude o Brasil com o trabalho que ela
sempre fez desde a sua existência".
Bolsonaro disse
ainda que amizade não é "cláusula impeditiva" para a posse de alguma
pessoa e que conheceu Ramagem após o segundo turno das eleições em 2018.
Giuliana
Saringer, do R7
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