A licitação
aberta em janeiro prevê 24 milhões de máscaras cirúrgicas
SAULO
ANGELO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Secretário
alerta associação de fabricantes para resolver impasse de fornecedores que
estão preferindo exportar a vender ao ministério
O
secretário-executivo do Ministério
da Saúde, João Gabbardo dos Reis, convocou uma reunião nesta
sexta-feira (28), em Brasília, com representantes da Abimo (Associação
Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos),
para alertá-los e resolver o impasse com fabricantes de máscaras contra o
coronavírus.
O ministério
ameaça acionar a Justiça para garantir o fornecimento e até confiscar os
produtos das fábricas, caso os fornecedores se recusem a vender para o governo
federal.
“Há produtores
que se mostraram desinteressados em vender para o Ministério da Saúde. Preferem
exportar. Vamos alertar a Abimo. Nós não vamos contemporizar. Vamos impedir a
exportação e determinar a apreensão dos produtos na própria fábrica, se
necessário", afirmou Gabbardo nesta quinta-feira (27), durante coletiva do
ministério.
Licitação
Passageiros
usam máscaras no saguão do aeroporto de Congonhas
BRUNO
ROCHA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Em janeiro, o
Ministério da Saúde abriu uma licitação de R$ 140 milhões para a aquisição de
equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras, luvas, gorros,
capotes, álcool e protetor facial.
Segundo
Gabbardo, dos 21 itens de EPIs licitados, 16 estão em uma negociação
"confortável". Mas as máscaras são o item que mais preocupa, porque
os fornecedores desistiram de participar da licitação. A licitação prevê 24
milhões de máscaras cirúrgicas.
Fabricantes têm
exportado a maior parte para países como a China, e muitos venderam a produção,
ou seja, tudo aquilo que podem produzir nos próximos 60 dias. Algumas dessas
empresas entraram na licitação, mas agora se mostraram desinteressadas em
vender para o governo.
“Vamos agir com
bastante rigor. Pode haver penalidades: são passíveis de [bloqueio] na
participação em licitações públicas e multas. A Lei 13.979, aprovada pelo
Congresso, nos permite isso", disse. "Esperamos que nessa reunião
possamos avançar e não tenhamos que usar desses instrumentos para fazer aquisição."
O ministério
afirma que não vai admitir que esses produtos fundamentais para proteção das
equipes e das pessoas doentes faltem e possam prejudicá-las. "O Brasil
precisa deste produto, se nós precisarmos disso e não houver disponibilidade
para vendar para o Ministério da Saúde, vamos utilizar tudo que o ministério
[tem nas mãos]. Estamos numa situação de emergência em saúde pública."
Do R7
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